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23/10/2001
-
14h57
da Folha Online
O IRA (Exército Republicano Irlandês) anunciou hoje que está iniciando o processo de desarmamento. É a primeira vez desde a criação do grupo que uma atitude como essa será adotada.
"Com o propósito de salvar o processo de paz, decidimos aplicar o programa estabelecido em agosto com a Comissão Internacional Independente sobre Desarmamento", disse o IRA por meio de um comunicado.
O pedido de desarmamento foi feito ontem pelo braço político do grupo, o partido Sinn Fein e anunciado pelo seu líder, Gerry Adams.
No comunicado, O IRA disse que continua comprometido com a unificação das irlandas (República da Irlanda, independente e de maioria católica, e Irlanda do Norte, ligada ao Reino Unido) e que permitirá que inspetores internacionais auditem que o desarmamento será feito.
Segundo o jornal inglês "The Guardian", o IRA possui mil fuzis Kalashnikov AK-47, dois rifles de longa distância, 12 lançadores de foguetes, 600 armas de mão e explosivos.
O governo inglês não comentou a decisão do IRA, mas pretende que uma comissõ independente cheque se houve mesmo o desarmamento. Só então será reduzida a tropa de soldados na região.
David Trimble, líder daqueles que pretendem que a Irlanda do Norte continue parte do Reino Unido (adversário do IRA), disse que também não faria comentários até que o desarmamento fosse comprovado.
O IRA tinha aceitado negociar seu desarmamento com uma comissão internacional criada para isso durante os acordos de paz de abril de 1998, mas nunca havia dito quando começaria o desarmamento efetivo de seu arsenal.
Até o momento, o IRA havia se limitado a mostrar três depósitos de armas selados à comissão internacional.
Os acordos de paz de Sexta-Feira Santa prevêem também a destruição de instalações militares e a retirada de soldados britânicos da Irlanda do Norte.
Nas últimas semanas, a pressão sobre o IRA se acentuou depois dos atentados nos Estados Unidos e da renúncia de cinco ministros protestantes do governo semi-autônomo da Irlanda do Norte, o que paralisou momentaneamente as instituições nascidas do acordo de paz.
Leia mais no especial Reino Unido
IRA anuncia início de desarmamento
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O IRA (Exército Republicano Irlandês) anunciou hoje que está iniciando o processo de desarmamento. É a primeira vez desde a criação do grupo que uma atitude como essa será adotada.
"Com o propósito de salvar o processo de paz, decidimos aplicar o programa estabelecido em agosto com a Comissão Internacional Independente sobre Desarmamento", disse o IRA por meio de um comunicado.
O pedido de desarmamento foi feito ontem pelo braço político do grupo, o partido Sinn Fein e anunciado pelo seu líder, Gerry Adams.
No comunicado, O IRA disse que continua comprometido com a unificação das irlandas (República da Irlanda, independente e de maioria católica, e Irlanda do Norte, ligada ao Reino Unido) e que permitirá que inspetores internacionais auditem que o desarmamento será feito.
Segundo o jornal inglês "The Guardian", o IRA possui mil fuzis Kalashnikov AK-47, dois rifles de longa distância, 12 lançadores de foguetes, 600 armas de mão e explosivos.
O governo inglês não comentou a decisão do IRA, mas pretende que uma comissõ independente cheque se houve mesmo o desarmamento. Só então será reduzida a tropa de soldados na região.
David Trimble, líder daqueles que pretendem que a Irlanda do Norte continue parte do Reino Unido (adversário do IRA), disse que também não faria comentários até que o desarmamento fosse comprovado.
O IRA tinha aceitado negociar seu desarmamento com uma comissão internacional criada para isso durante os acordos de paz de abril de 1998, mas nunca havia dito quando começaria o desarmamento efetivo de seu arsenal.
Até o momento, o IRA havia se limitado a mostrar três depósitos de armas selados à comissão internacional.
Os acordos de paz de Sexta-Feira Santa prevêem também a destruição de instalações militares e a retirada de soldados britânicos da Irlanda do Norte.
Nas últimas semanas, a pressão sobre o IRA se acentuou depois dos atentados nos Estados Unidos e da renúncia de cinco ministros protestantes do governo semi-autônomo da Irlanda do Norte, o que paralisou momentaneamente as instituições nascidas do acordo de paz.
Leia mais no especial Reino Unido
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