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23/10/2001
-
17h03
da Folha Online
O primeiro-ministro Tony Blair comemorou hoje a decisão do IRA (Exército Republicano Irlandês) de iniciar o processo de desarmamento e disse que a resposta do governo britânico será "recíproca".
Segundo Blair, a decisão é de "fundamental importância" e serve de exemplo para mostrar que as diferenças podem ser negociadas, sem violência. O premiê afirmou que a decisão abre caminho para o restabelecimento de um governo autônomo na região.
"Claro que o processo de paz não é perfeito, mas é uma alternativa melhor do que não haver processo", disse o primeiro-ministro acrescentando que a vida hoje em Belfast "é melhor" do que antes.
O premiê elogiou ainda o trabalho do líder do braço político do grupo Sinn Fein, Gerry Adams, definindo-o como corajoso.
De acordo com informações da CNN, a comissão de desarmamento anunciou que o IRA já deu início à destruição das armas.
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Por meio de um comunicado o IRA anunciou o início do desarmamento. "Com o propósito de salvar o processo de paz, decidimos aplicar o programa estabelecido em agosto com a Comissão Internacional Independente sobre Desarmamento." É a primeira vez desde a criação do grupo que uma atitude como essa será adotada.
No comunicado, o IRA disse que continua comprometido com a unificação das Irlandas (República da Irlanda, independente e de maioria católica, e Irlanda do Norte, ligada ao Reino Unido) e que permitirá que inspetores internacionais auditem que o desarmamento será feito.
O IRA tinha aceitado negociar seu desarmamento com uma comissão internacional criada para isso durante os acordos de paz de abril de 1998, mas nunca havia dito quando começaria o desarmamento efetivo de seu arsenal. Até o momento, o IRA havia se limitado a mostrar três depósitos de armas selados à comissão internacional.
Os acordos de paz de Sexta-Feira Santa prevêem também a destruição de instalações militares e a retirada de soldados britânicos da Irlanda do Norte.
Nas últimas semanas, a pressão sobre o IRA se acentuou depois dos atentados nos Estados Unidos e da renúncia de cinco ministros protestantes do governo semi-autônomo da Irlanda do Norte, o que paralisou momentaneamente as instituições nascidas do acordo de paz.
Leia mais no especial Reino Unido
Tony Blair comemora decisão do IRA de se desarmar
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O primeiro-ministro Tony Blair comemorou hoje a decisão do IRA (Exército Republicano Irlandês) de iniciar o processo de desarmamento e disse que a resposta do governo britânico será "recíproca".
Segundo Blair, a decisão é de "fundamental importância" e serve de exemplo para mostrar que as diferenças podem ser negociadas, sem violência. O premiê afirmou que a decisão abre caminho para o restabelecimento de um governo autônomo na região.
"Claro que o processo de paz não é perfeito, mas é uma alternativa melhor do que não haver processo", disse o primeiro-ministro acrescentando que a vida hoje em Belfast "é melhor" do que antes.
O premiê elogiou ainda o trabalho do líder do braço político do grupo Sinn Fein, Gerry Adams, definindo-o como corajoso.
De acordo com informações da CNN, a comissão de desarmamento anunciou que o IRA já deu início à destruição das armas.
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Por meio de um comunicado o IRA anunciou o início do desarmamento. "Com o propósito de salvar o processo de paz, decidimos aplicar o programa estabelecido em agosto com a Comissão Internacional Independente sobre Desarmamento." É a primeira vez desde a criação do grupo que uma atitude como essa será adotada.
No comunicado, o IRA disse que continua comprometido com a unificação das Irlandas (República da Irlanda, independente e de maioria católica, e Irlanda do Norte, ligada ao Reino Unido) e que permitirá que inspetores internacionais auditem que o desarmamento será feito.
O IRA tinha aceitado negociar seu desarmamento com uma comissão internacional criada para isso durante os acordos de paz de abril de 1998, mas nunca havia dito quando começaria o desarmamento efetivo de seu arsenal. Até o momento, o IRA havia se limitado a mostrar três depósitos de armas selados à comissão internacional.
Os acordos de paz de Sexta-Feira Santa prevêem também a destruição de instalações militares e a retirada de soldados britânicos da Irlanda do Norte.
Nas últimas semanas, a pressão sobre o IRA se acentuou depois dos atentados nos Estados Unidos e da renúncia de cinco ministros protestantes do governo semi-autônomo da Irlanda do Norte, o que paralisou momentaneamente as instituições nascidas do acordo de paz.
Leia mais no especial Reino Unido
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