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24/10/2001 - 12h03

Governo, partidos e imprensa pedem deposição de armas do ETA

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da France Presse, em Madrid

O governo, os grandes partidos e a imprensa espanhola pediram hoje ao grupo separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade, em basco) que siga o exemplo do IRA (Exército Republicano Irlandês) e entregue suas armas.

"É uma excelente notícia que um grupo terrorista deixe de matar. Gostaria que outros, concretamente o ETA, fizessem o mesmo, sobretudo levando em consideração que o nível de autonomia do País Basco supera amplamente o da Irlanda do Norte", disse o ministro do Interior da Espanha, Mariano Rajoy.

Dentro da oposição, o PSOE (Partido Socialista dos Trabalhadores Espanhóis) também se disse contente com a decisão do IRA. "Era impossível alcançar objetivos políticos com armas na mão. O que devemos esperar do ETA é que perca a esperança de alcançar seus objetivos políticos matando", afirmou o porta-voz do PSOE no Congresso, Jesús Caldera.

O líder da esquerda unida (UI, coalizão formada por partidos comunistas), Gaspar Llamazares, também adotou posição semelhante. Para ele, o processo na Irlanda do Norte mostrou que "o Estado de direito e a iniciativa políticas são capazes de pôr fim a um conflito".

A imprensa espanhola procurou hoje estabelecer um paralelo entre o País Basco e a Irlanda do Norte, mas mostrou-se muito prudente sobre a possibilidade de paz em um curto prazo na Espanha.

"O ETA deveria tomar o exemplo do IRA, do Batasuna [braço político do IRA] e do Sinn Fein [braço militar]. Ainda que sejamos muito otimistas, já que o radicalismo basco em acontecimentos recentes vem mostrando justamente o inverso do que aconteceu na Irlanda: os duros, partidários do tiro na nuca, sempre se impõem àqueles que se inclinam pela via política", publica o jornal "El Mundo".

O jornal "El País" também segue a mesma linha e afirma que "nunca ninguém do Batasuna se atreveu a pedir ao ETA que deponha suas armas". "Se obtiver êxito o processo iniciado pelo IRA, o ETA será a única organização terrorista ativa na Europa", publica o jornal.

Leia mais no especial Espanha - País Basco
 

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