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24/08/2007 - 15h10

Líbano retira civis do campo de refugiados de Nahr al Bared

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da Folha Online

Os últimos civis que estavam no campo de refugiados palestinos de Nahr al Bared, no norte do Líbano, deixaram nesta sexta-feira o local. Em sua maioria, os civis são mulheres e filhos de integrantes do movimento radical islâmico Fatah al Islam --grupo que se diz inspirado pela rede terrorista Al Qaeda e que desde 20 de maio vem enfrentando o Exército e a polícia libanesa.

Trata-se do o pior conflito interno no Líbano desde a guerra civil (1975-1990). Durante as primeiras semanas de combate, cerca de 31 mil moradores do campo de refugiados abandonaram o local.

Reuters
Soldado libanês fixa a bandeira libanesa em blindado nas proximidades de Nahr al Bared
Soldado libanês fixa a bandeira libanesa em blindado nas proximidades de Nahr al Bared

O grupo retirado hoje era composto de 59 pessoas --26 mulheres e 33 crianças--, segundo a France Presse. A Associated Press informa a saída de 63 pessoas --22 mulheres e 41 crianças. Uma das crianças era um bebê recém-nascido, segundo a Associated Press.

Eles saíram do campo a bordo de ônibus militares e foram transferidos para uma base do Exército nas proximidades para interrogatório. O xeque Mohammed al Haj, da Congregação dos Ulemás Palestinos, mediou as negociações para a retirada dos civis.

O Exército acusava os membros do movimento islâmico de utilizar suas famílias como escudos humanos. A presença dos civis era um dos fatores responsáveis pela lenta progressão dos soldados.

O Exército libanês havia aceitado o princípio de uma trégua nos combates contra o Fatah al Islam no campo de refugiados palestinos para permitir a saída das famílias dos rebeldes. Este cessar-fogo já acabou, segundo as forças libanesas.

A saída dos civis pode favorecer uma aceleração das operações militares. Ainda existem cerca de 70 combatentes entrincheirados nos escombros minados do campo, de acordo com o Exército.

Desde junho, os combatentes do Fatah al Islam estão entrincheirados em abrigos subterrâneos na parte sul do campo. Estas posições têm sido bombardeadas pelo Exército desde o dia 9 de agosto com bombas de 250 kg ou 400 kg, segundo as forças armadas do Líbano.

Equipes da Crescente Vermelha palestina e da Cruz Vermelha libanesa aguardavam as mulheres e as crianças na saída do campo com ambulância e material médico de emergência.

Por uma questão de segurança, jornalistas não acompanharam a retirada dos civis, pois as autoridades suspeitaram que alguns deles pudessem levar explosivos junto a seus corpos.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que três mulheres e duas crianças feridas nesta sexta-feira em uma explosão em Nahr al Bared estavam no grupo retirado do campo.

Haj afirmou que também se encontravam neste grupo a viúva de Abu Hureira --o número dois do Fatah al Islam morto recentemente-- e um de seus filhos.

Há entre as mulheres 12 sírias ou palestinas que vivem na Síria. As demais são libanesas, afirmou Haj à France Presse. Segundo ele, as mulheres de nacionalidade libanesa deviam ser devolvidos às suas famílias depois do interrogatório.

Os civis estrangeiros serão entregues às suas respectivas embaixadas, segundo as forças militares.

Mais de 200 pessoas, entre elas 142 militares, morreram nos combates. O balanço não inclui os combatentes islamitas mortos, cujos corpos ainda estão no campo, segundo a France Presse.

Com France Presse e Associated Press

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