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27/10/2001 - 17h06

Imagens mostram que tripulação viveu "inferno" dentro do Kursk

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da France Presse, em Murmansk (Rússia)

A Procuradoria Geral e a Marinha russa mostraram hoje imagens filmadas em vídeo dos impressionantes danos sofridos pelo submarino nuclear Kursk durante o naufrágio, dia 12 de agosto de 2000.

Já na superfície, a popa da nave transformou-se num conjunto de ferros retorcidos já que o casco do Kursk foi arrebentado pela explosão dos torpedos armazenados no submarino.

Paredes de aço especial cortadas com a precisão de uma lâmina, periscópios (instrumento ótico usado em submarinos para que a tripulação possa observar a superfície) arrancados, cabos e equipamentos destruídos formavam um cenário desolador. "Foi um inferno, pior que podíamos imaginar", disse o procurador-geral da Rússia, Vladimir Ustinov, ao comentar as imagens.

Segundo ele, a explosão foi acompanhada de um incêndio que elevou a temperatura a até 8.000 graus Celsius.

A maioria da tripulação, formada por 118 homens, e os postos de comando estavam na parte que foi imediatamente destruída pela explosão, informou.

Os homens que estavam na popa, os 23 marinheiros refugiados no nono compartimento, o último, morreram "asfixiados". Todos esses setores foram invadidos pela água em "sete ou oito horas no máximo", disse o procurador, confirmando que estes homens não poderiam em nenhum caso ter sido resgatados, como se suspeitava.

Dezessete corpos de marinheiros do Kursk foram retirados desde quinta-feira (25) do submarino, que foi elevado à superfície dia 8 de outubro e levado ao cais de Rosliakovo onde será desativado.

Os 118 tripulantes morreram no naufrágio no mar de Barents (noroeste da Rússia).

Leia mais no especial Kursk
 

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