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01/09/2007 - 23h17

Calderón entrega o primeiro relatório de seu governo ao Congresso

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da Efe

O presidente do México, Felipe Calderón, entregou neste sábado seu primeiro relatório de governo ao Congresso, durante sessão tranqüila, após a inédita debandada dos legisladores da oposição de esquerda, que se negam a reconhecê-lo como governante.

Depois do ocorrido no ano passado, durante o mesmo ato com seu antecessor e correligionário no conservador PAN (Partido Ação Nacional), Vicente Fox (2000-2006), a atenção da opinião pública mexicana estava centrada no Palácio Legislativo de São Lázaro, palco da cerimônia.

A pergunta geral era se o atual governante, que assumiu o poder em 1º de dezembro do ano passado, poderia deixar o documento dentro do Congresso ou se o deixaria, como Fox chegou a fazer por causa das pressões da oposição, na entrada do recinto.

Calderón chegou ao local antes do previsto, minutos depois de a titular da Câmara dos Deputados, Ruth Zabaleta, inaugurar as sessões ordinárias do segundo ano de exercício da XL legislatura do Congresso.

Zabaleta pertence ao esquerdista PRD (Partido da Revolução Democrática) e assumiu essa responsabilidade na quinta-feira passada em meio a críticas de alguns de seus colegas de legenda.

Em seu discurso, a legisladora fez uma chamada para reformar o Estado e as instituições como parte da transição à democracia iniciada em 2000, quando acabou a hegemonia de 71 anos do Partido Revolucionário Institucional, que o escritor peruano Mario Vargas Llosa definiu como a "ditadura perfeita".

Depois, Zabaleta anunciou sua decisão de ceder a direção da cerimônia a seu vice-presidente, Cristian Castaño, do PAN, e abandonar a sala, em sinal de protesto.

"Não posso aceitar um documento de alguém que vem de um processo eleitoral legalmente concluído, mas questionado em sua legitimidade por milhões de mexicanos", indicou Zabaleta antes de sair do recinto, como fizeram os 127 deputados e 30 senadores dessa legenda política que participavam da sessão.

O PRD perdeu as eleições de 2 de julho de 2006 para o PAN pela menor diferença de votos da história mexicana (0,56%), e seu candidato, Andrés Manuel López Obrador, denunciou uma fraude eleitoral orquestrada por Fox e lançou um movimento de protesto popular que o designou "presidente legítimo" em novembro do ano passado.

Após a debandada, Calderón entrou finalmente em uma sala na qual um terço das cadeiras estavam vazias.

O governante entregou o texto de centenas de páginas a Castaño e anunciou que instruiu seus secretários (ministros) a se apresentarem ao Congresso para prestar contas sobre a situação de suas pastas.

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