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01/11/2001
-
12h10
CELESTINO VIVIAN
da Folha Online
A decisão da Turquia de entrar na guerra contra o regime do Taleban, no Afeganistão, ao lado dos Estados Unidos e outros países ocidentais, pode estar sendo movida por fortes interesses econômicos.
Em dobradinha com a Argentina, a Turquia é, hoje, um dos países que mais preocupam os mercados mundiais, por apresentar alto nível de endividamento externo. Um apoio aos EUA, nesse momento, poderia garantir um aval precioso para a obtenção de mais ajuda.
O governo turco tenta receber um novo pacote de empréstimo de US$ 9 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O país espera que o crédito seja concedido logo que o acordo atual, de US$ 15,7 bilhões, firmado com o FMI e com o Banco Mundial, termine, no fim deste ano. Esse acordo foi costurado após a crise de fevereiro, quando o governo turco foi obrigado a desvalorizar a lira e a liberar o câmbio.
A Turquia buscava originalmente créditos de US$ 12 bilhões, mas com os ataques terroristas do dia 11 de setembro nos EUA, conseguir esse volume de dinheiro ficou mais difícil.
O país já contava com o apoio dos EUA, que têm interesse em evitar a turbulência causada por um eventual calote na dívida turca. Por causa disso e, agora, com o apoio à campanha no Afeganistão, é provável que o país consiga os empréstimos ou, no mínimo, parte deles.
A Turquia é o único país muçulmano que pertence à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental) e, historicamente, sempre esteve do lado dos EUA, mesmo nos tempos da guerra fria, que, durante décadas, deixou em pólos opostos a ex-URSS e os Estados Unidos.
Com agências internacionais
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Veja os reflexos da guerra na economia
Apoio da Turquia aos EUA pode envolver interesses econômicos
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A decisão da Turquia de entrar na guerra contra o regime do Taleban, no Afeganistão, ao lado dos Estados Unidos e outros países ocidentais, pode estar sendo movida por fortes interesses econômicos.
Em dobradinha com a Argentina, a Turquia é, hoje, um dos países que mais preocupam os mercados mundiais, por apresentar alto nível de endividamento externo. Um apoio aos EUA, nesse momento, poderia garantir um aval precioso para a obtenção de mais ajuda.
O governo turco tenta receber um novo pacote de empréstimo de US$ 9 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O país espera que o crédito seja concedido logo que o acordo atual, de US$ 15,7 bilhões, firmado com o FMI e com o Banco Mundial, termine, no fim deste ano. Esse acordo foi costurado após a crise de fevereiro, quando o governo turco foi obrigado a desvalorizar a lira e a liberar o câmbio.
A Turquia buscava originalmente créditos de US$ 12 bilhões, mas com os ataques terroristas do dia 11 de setembro nos EUA, conseguir esse volume de dinheiro ficou mais difícil.
O país já contava com o apoio dos EUA, que têm interesse em evitar a turbulência causada por um eventual calote na dívida turca. Por causa disso e, agora, com o apoio à campanha no Afeganistão, é provável que o país consiga os empréstimos ou, no mínimo, parte deles.
A Turquia é o único país muçulmano que pertence à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental) e, historicamente, sempre esteve do lado dos EUA, mesmo nos tempos da guerra fria, que, durante décadas, deixou em pólos opostos a ex-URSS e os Estados Unidos.
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