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Novo atentado na Argélia deixa 30 mortos e 47 feridos
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da Efe, em Argel
Um atentado terrorista perpetrado neste sábado na cidade de Dellys, no litoral da Argélia, deixou 30 mortos e 47 feridos, segundo uma apuração oficial divulgada pelo governo local.
O Ministério do Interior assinala que três das vítimas são civis, e as demais são oficiais que estavam postados no quartel atacado --atingido por um carro-bomba dirigido por dois terroristas suicidas. Ambos morreram no ato.
Dellys, pequena cidade portuária na província argelina de Kabilia (leste), e Batna (sul), foram os dois últimos alvos da organização.
Em Batna, o atentado ocorreu na última quinta-feira, justamente durante a visita oficial do presidente do país, Abdelaziz Bouteflika, à cidade.
O terrorista suicida de Batna detonou os explosivos pouco antes da chegada do chefe do Estado, causando a morte de 22 pessoas e ferindo outras 150. Todas elas esperavam a chegada de Bouteflika.
Nos dois casos, o "modus operandi" foi o mesmo, salvo que em um as vítimas eram civis, e no outro, militares.
Para muitos especialistas e analistas políticos, isso prova que o chefe da AIMI (Al Qaeda no Magreb Islâmico), Abdelhak Drukel --cujo nome de guerra é Abu Mussab--, optou pelos atentados suicidas como arma predileta.
Estes dois últimos ataques foram os mais espetaculares realizados pelo grupo, pelo fato de o primeiro ter sido contra o presidente do país e o segundo contra as Forças Armadas.
O governo da Argélia acusa a AQMI de impedir o processo de reconciliação nacional iniciado pelo presidente Bouteflika.
Em uma reação ao atentado deste sábado, o primeiro-ministro da Argélia, Abdelaziz Belkhadem, disse que a política de reconciliação é uma "pedra no caminho" daqueles que se opõem a ela e ressaltou que o governo argelino não cederá à chantagem e continuará com seus esforços de paz.
"Quem comete este tipo de atentados nunca triunfará em sua luta desesperada para acabar com a estabilidade do país", afirmou Belkhadem.
Paralelamente, a central sindical UGTA, que conta com quatro milhões de filiados, convocou hoje a população argelina para protestar contra os atos violentos e em favor "dos valores republicanos" e da "reconciliação nacional".
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