Publicidade
Publicidade
Hugo Chávez se reunirá com porta-voz das Farc em outubro
Publicidade
da Efe, em Caracas
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, se reunirá no dia 8 de outubro, em algum lugar da Venezuela, com o porta-voz da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes, para avançar no processo de troca humanitária, afirmou hoje a senadora colombiana Piedad Córdoba.
"O presidente aceita a reunião, também aceita a data e, obviamente, o local será Miraflores (sede do Governo venezuelano)", declarou Córdoba aos jornalistas, em Caracas, nesta terça-feira, depois de se reunir com Chávez.
Reyes, porta-voz das Farc, propôs a Chávez a reunião. Seria um encontro preparatório de uma possível futura conversa com o líder máximo da guerrilha, Manuel Marulanda.
Córdoba recentemente se reuniu com Reyes nas selvas da Colômbia, onde recebeu o vídeo no qual o porta-voz das Farc sugere a data e o local da reunião com Chávez.
Após a reunião de trabalho com a senadora, Chávez disse que "o que está pendente agora é uma reunião com o enviado de Marulanda".
"Estou quase certo de que isso acontecerá nas próximas semanas. Eu não sei onde. Já veremos, veremos", despistou.
Chávez revelou trechos de duas cartas que recebeu das Farc: uma do Secretariado do grupo e outra de Manuel Marulanda, pseudônimo de Pedro Antonio Marín, que também é conhecido como Tiro Fijo.
"Nas Farc existe disposição para concretizar o acordo que permita a troca de reféns. Para isso, é indispensável a desmilitarização dos municípios de Pradera e Florida, para que as partes acertem os termos e procedimentos que conduzam à libertação", diz a carta do Secretariado, lida pelo presidente venezuelano.
"É a posição que já conhecemos", comentou Chávez.
Em seguida, ele mostrou parcialmente às câmeras de TV a segunda carta, assinada pelo líder máximo das Farc. 'Ouvi a sua disposição de contribuir para a libertação de prisioneiros de guerra', leu. Mas não quis mostrar mais nada de seu conteúdo.
"Não posso mostrar mais. Concordo com o presidente Álvaro Uribe que a prudência deve ser a norma para conseguir os objetivos", disse Chávez.
"Eu vou escrever uma carta a Marulanda. A palavra escrita fica. Vejo que agora as Farc estão demonstrando vontade de conversar", acrescentou, sem dar mais detalhes.
Córdoba disse aos jornalistas que a maior exigência do presidente venezuelano como mediador no processo de troca humanitária de reféns por prisioneiros é a apresentação de provas de sobrevivência dos seqüestrados.
A senadora, que voltará à Colômbia nesta quarta-feira, disse que nos próximos dias trabalhará para conseguir provas de sobrevivência, como exige o presidente Chávez, entre outros assuntos.
"Pela primeira vez em muitos anos começo a ver que na Colômbia poderemos alcançar a paz", acrescentou a senadora colombiana. Em meados de agosto, ela foi escolhida pelo presidente Álvaro Uribe para atuar como mediadora no processo de troca humanitária.
Chávez atendeu em agosto um pedido de Córdoba, e passou a atuar como mediador entre o Governo colombiano e as Farc para a troca de 45 seqüestrados por cerca de 500 guerrilheiros presos.
Acompanhe as notícias em seu celular: digite o endereço wap.folha.com.br
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice