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07/11/2001
-
10h05
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
Pela primeira vez as autoridades dos EUA consideram a possibilidade de uma companhia do terrorista Osama bin Laden, acusado de realizar os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono no dia 11 de setembro, operar abertamente no país. A informação é do jornal americano "The Washington Post", que não revela qual seria essa companhia.
Segundo o jornal, a CIA (agência de inteligência) e o FBI (polícia federal) estão investigando casas de câmbio que podem ter fornecido altas quantias (dezenas de milhões de dólares) a grupos terroristas. Bin Laden seria sócio de um desses negócios, de acordo com as fontes do jornal, que preferiram não se identificar.
O jornal publica também que há a possibilidade de o dinheiro usado para realizar os atentados do dia 11 de setembro ser rastreado, por ter passado por bancos e, por isso, ter deixado registros em extratos.
As casas de câmbio, chamadas "hawalas", são uma espécie de bancos informais e operam nos EUA desde 1980. Muitos imigrantes nos EUA, especialmente muçulmanos, consideram-nas mais simples, rápidas e baratas que os bancos tradicionais para enviar dinheiro para seus países de origem.
Não se sabe quantas empresas dessas operam no país, por funcionarem com regras diferentes dos bancos, mas a suspeita de que são usadas para financiar as atividades de Bin Laden já havia sido levantada pelos investigadores americanos.
A CIA e o FBI também investigam a possibilidade dessas agências de câmbio manterem comunicação entre si e com a Al Qaeda (a rede terrorista patrocinada por Osama bin Laden).
Novas medidas
O presidente dos EUA, George W. Bush, irá anunciar hoje novas medidas para tentar controlar o financiamento de grupos terroristas, segundo disseram assessores presidenciais que preferiram não se identificar.
Segundo eles, Bush vai aproveitar uma visita à Rede de Controle de Crimes Financeiros, órgão do Departamento do Tesouro, para informar que os Estados Unidos conseguiram identificar duas redes financeiras, com negócios em vários países, que sustentavam as atividades da organização Al Qaeda.
O governo considera que secar a fonte de recursos de Bin Laden é uma etapa importante na "guerra ao terrorismo". Washington já anunciou que deve tomar medidas contra as filiais norte-americanas de bancos estrangeiros que não congelarem as contas relacionadas à Al Qaeda.
Os EUA também já congelaram as contas de mais de 66 organizações, supostamente ligadas a atividades terroristas e estudam estender a medida para outros grupos -entre eles o Hamas (organização extremista islâmica, que luta pela criação de um Estado palestino em Israel) e o Hizbollah (Partido de Deus, em árabe, que é uma milícia islâmica do Líbano).
Com agências internacionais
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EUA admitem que companhia de Bin Laden pode atuar no país
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da Folha Online
Pela primeira vez as autoridades dos EUA consideram a possibilidade de uma companhia do terrorista Osama bin Laden, acusado de realizar os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono no dia 11 de setembro, operar abertamente no país. A informação é do jornal americano "The Washington Post", que não revela qual seria essa companhia.
Segundo o jornal, a CIA (agência de inteligência) e o FBI (polícia federal) estão investigando casas de câmbio que podem ter fornecido altas quantias (dezenas de milhões de dólares) a grupos terroristas. Bin Laden seria sócio de um desses negócios, de acordo com as fontes do jornal, que preferiram não se identificar.
O jornal publica também que há a possibilidade de o dinheiro usado para realizar os atentados do dia 11 de setembro ser rastreado, por ter passado por bancos e, por isso, ter deixado registros em extratos.
As casas de câmbio, chamadas "hawalas", são uma espécie de bancos informais e operam nos EUA desde 1980. Muitos imigrantes nos EUA, especialmente muçulmanos, consideram-nas mais simples, rápidas e baratas que os bancos tradicionais para enviar dinheiro para seus países de origem.
Não se sabe quantas empresas dessas operam no país, por funcionarem com regras diferentes dos bancos, mas a suspeita de que são usadas para financiar as atividades de Bin Laden já havia sido levantada pelos investigadores americanos.
A CIA e o FBI também investigam a possibilidade dessas agências de câmbio manterem comunicação entre si e com a Al Qaeda (a rede terrorista patrocinada por Osama bin Laden).
Novas medidas
O presidente dos EUA, George W. Bush, irá anunciar hoje novas medidas para tentar controlar o financiamento de grupos terroristas, segundo disseram assessores presidenciais que preferiram não se identificar.
Segundo eles, Bush vai aproveitar uma visita à Rede de Controle de Crimes Financeiros, órgão do Departamento do Tesouro, para informar que os Estados Unidos conseguiram identificar duas redes financeiras, com negócios em vários países, que sustentavam as atividades da organização Al Qaeda.
O governo considera que secar a fonte de recursos de Bin Laden é uma etapa importante na "guerra ao terrorismo". Washington já anunciou que deve tomar medidas contra as filiais norte-americanas de bancos estrangeiros que não congelarem as contas relacionadas à Al Qaeda.
Os EUA também já congelaram as contas de mais de 66 organizações, supostamente ligadas a atividades terroristas e estudam estender a medida para outros grupos -entre eles o Hamas (organização extremista islâmica, que luta pela criação de um Estado palestino em Israel) e o Hizbollah (Partido de Deus, em árabe, que é uma milícia islâmica do Líbano).
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