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Iraque diz que dinheiro para guerra deveria ir para reconstrução
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da France Presse, em Bagdá
A notícia de que os Estados Unidos poderão destinar US$ 143 bilhões (R$ 262, 7 bilhões) para financiar a guerra no Iraque em 2008 fez com que vários dirigentes reclamassem que o dinheiro deveria se destinar à paz e à reconstrução do país.
"Gostaríamos que uma parte desse dinheiro servisse para financiar programas civis que ajudem os iraquianos", afirmou o deputado e membro da Comissão de Finanças do parlamento, Muna Nur Zalzala.
Outro deputado da maioria xiita, Abbas al Bayyati, também afirmou que a estabilidade de um país assolado por três décadas de violência e sanções depende de sua recuperação econômica.
"Precisamos de dinheiro para conseguir a reconciliação política e gostaria que uma parte dessa enorme soma fosse destinada à reconstrução, à saúde e à educação", afirmou Bayyati.
O secretário de Defesa americano, Robert Gates, pedirá US$ 190 bilhões (R$ 349,1 bilhões) para financiar as guerras no Iraque e no Afeganistão em 2008, a maior quantia pedida para a chamada "guerra contra o terror" travada há seis anos, afirmou o Pentágono na última quarta-feira (26).
Se aprovado, o orçamento para 2008 será o maior já destinado desde o início do conflito, em março de 2003, e que até o momento já utilizou US$ 455 bilhões (R$ 835,8 bilhões).
Os gastos mensais do exército americano no Iraque chegam a US$ 10 bilhões (R$ 18,3 bilhões), ou seja, um quarto do orçamento anual do governo iraquiano, encarregado de reconstruir um país de 25 milhões de habitantes.
O orçamento do governo iraquiano em 2007 é de US$ 40 bilhões (R$ 73,5 bilhões), dos quais 85% procedem do petróleo.
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