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13/11/2001 - 06h16

NY tenta superar trauma e evitar pânico

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da Folha de S.Paulo

O vôo 587 da American Airlines caiu sobre uma cidade que tenta se recuperar dos atentados de 11 de setembro. Minutos após o acidente, Nova York imediatamente fechou todas as vias de entrada.

"Sempre acreditamos que aconteceu o pior, que talvez algo como "aquilo" vá acontecer de novo", declarou o prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani. "Estamos sendo testados de novo, mas vamos passar nessa prova também."

A Autoridade Portuária de Nova York e a polícia de Nova Jersey afirmaram que os três aeroportos na região de Nova York -JFK, Newark e LaGuardia- foram fechados por várias horas.

No começo da tarde, LaGuardia e Newark foram reabertos, enquanto o JFK
apenas permitia aterrissagens.

O complexo da ONU na cidade foi fechado, apesar de os prédios não terem sido evacuados. O Empire State Building, o edifício mais alto de Nova York desde o colapso das torres gêmeas do World Trade Center, foi evacuado e ficaria fechado por todo o dia de ontem.

A cidade, apesar do alerta, luta para que o pânico não tome conta. "O medo ainda não se tornou uma forma de vida em Nova York. Estamos fazendo de tudo para minimizar o impacto do medo", disse Louis Najarian, professor-associado de psiquiatria da Universidade de Nova York.

"Mas, se acidentes como o de hoje [ontem] ou novos atentados continuarem acontecendo, é claro que isso tem um efeito na psique: é o que chamamos de habituação. Isso ocorre quando pessoas têm de confrontar situações temidas, como atravessar uma ponte. A pessoa acumula medo. Ela pode atravessá-la e não acontecer nada, mas, se pontes caem em outros lugares, o medo permanece."

Najarian afirmou que, desde 11 de setembro, a busca por ajuda profissional tem sido grande. "Temos trabalhado intensamente com crianças e famílias. Elas têm nos consultado maciçamente e procurado formas de minimizar o trauma. Uma delas é não ficar grudado na frente da TV. O acidente vai render para a CNN."

No Aeroporto Internacional Logan, em Boston, Massachusetts, de onde partiram dois dos quatro aviões sequestrados em 11 de setembro, a polícia estadual mandou que os aparelhos de TV que estavam transmitindo o acidente ao vivo fossem desligados.

Maggie Calvin, uma passageira, declarou que o ato era um "insulto à inteligência" e que o pânico era maior se as pessoas não tivessem acesso à informação.



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