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02/10/2007 - 19h38

EUA apóiam proposta para fim de programa nuclear norte-coreano

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da Folha Online

Os EUA aprovaram uma tentativa de acordo discutida por mais cinco países para colocar fim ao complexo nuclear desenvolvido pela Coréia do Norte em Yongbyon, informou o Departamento de Estado americano nesta terça-feira. Também hoje, ocorreu o primeiro dia do encontro da cúpula das duas Coréias em Pyongyang, capital norte-coreana.

"Nós transmitimos ao governo chinês nossa aprovação por este acordo", afirmou Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado.

Reuters
Líder norte-coreano recebe o presidente da Coréia do Sul em Pyongyang nesta terça-feira
Líder norte-coreano recebe o presidente da Coréia do Sul em Pyongyang nesta terça-feira

O acordo estabelece que a Coréia do Norte iria desativar o complexo de Yongbyon e declarar o fim de seu programa nuclear até o fim do ano, segundo McCormack.

Os outros envolvidos nas negociações são China, Japão, Coréia do Sul, Rússia, além da própria Coréia do Norte.

Os envolvidos iriam aportar ajuda à Coréia do Norte como parte do acordo, mas McCormack não especificou a quantia que seria destinada ao país.

McCormack disse que o negociador americano para a questão, Christopher Hill, transmitiu o conteúdo do acordo para a secretária de Estado, Condoleezza Rice, nesta segunda-feira. Hill, Rice e o presidente dos EUA, George W.Bush, tomaram café-da-manhã nesta terça-feira para discutir a questão.

Cúpula

O presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, deve realizar reuniões formais com o líder da Coréia do Norte, Kim Jong-il, nesta quarta-feira. É a segunda cúpula entre as Coréias desde que houve a divisão da península, na década de 50.

O sul-coreano afirmou desejar que a cúpula diminua as tensões entre os dois países e que também afirmou querer enviar ajuda à economia do vizinho do norte.

Kim conversou pouco com Roh durante a chegada do sul-coreano nesta terça-feira a Pyongyang. A recepção foi bem diferente para que o norte-coreano preparou para o então presidente sul-coreano Kim Dae-jung em 2000, quando os dois líderes se abraçaram, embarcaram no mesmo carro e entoaram cantos patrióticos.

Seo Myung-kon/AP
Cartaz fala sobre o encontro e mostra os dois líderes coreanos
Cartaz fala sobre o encontro e mostra os dois líderes coreanos

Os críticos de Roh afirmam que a visita está mais focada em assuntos internos da Coréia do Sul. Tais críticos também disseram esperar que Roh não comente questões como armas nucleares e violações aos direitos humanos para não ofender Kim, segundo a Reuters.

Nesta quarta-feira, as duas Coréias comemoram a fundação da nação coreana há 4.300 anos. O país foi dividido logo após a Segunda Guerra Mundial, já em um contexto de Guerra Fria, durante a Guerra da Coréia (1950-1953). Um tratado de paz sobre o conflito nunca foi assinado, assim, tecnicamente, as duas Coréias continuam em guerra.

Roh, que assumiu a presidência há apenas cinco meses, disse que sua prioridade é trazer paz para a península e talvez conseguir alguma espécie de tratado de paz com o norte.

Diplomatas afirmaram que Roh pode propor novos projetos para reconstruir a infra-estrutura do norte e desenvolver áreas econômicos onde suas fábricas poderiam se beneficiar da terra barata e da mão de obra abundante.

Muitos analistas afirmam, segundo a Reuters, que o governo de Seul, capital da Coréia do Sul, teme menos o poder militar de seu vizinho do norte que o impacto que a economia norte-coreana pode proporcionar na sul-coreana.

A Coréia do Sul é a quarta maior economia da Ásia. Acompanham a comitiva de Roh diversos membros do empresariado sul-coreano.

Diplomatas norte-coreanos também citaram uma intenção de reunificação das duas Coréias.

"Nada é mais urgente e importante do que a reunificação de nossa nação, que tem vivido por mais de meio século os sofrimentos da divisão territorial imposta por forças estrangeiras", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Choe Su Hon, na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a Associated Press.

Com Associated Press e Reuters

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