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15/11/2001
-
05h53
da Folha de S.Paulo
Relatos de intenso combate indicam que o Taleban pode perder em breve o domínio sobre Candahar, a cidade que abriga seu quartel-general. Forças anti-Taleban já tomaram o aeroporto da região, segundo fontes afegãs e americanas, e há informações, não confirmadas, de que a milícia islâmica liderada pelo mulá Mohamad Omar estaria deixando a cidade, para se abrigar nas montanhas.
Segundo o contra-almirante John Stufflebeem, oficial do Pentágono, o aeroporto de Candahar foi tomado por chefes tribais pashtus, pertencentes à mesma etnia dominante do Taleban. Essa ofensiva, sem vinculação com a Aliança do Norte, é sinal da perda de poder do Taleban, que até a semana passada controlava as principais cidades do país.
A pista de pouso passou para o controle de 200 combatentes fiéis ao pashtu Arif Khan, chefe tribal da região que, no passado, aceitava o poder do Taleban.
Os soldados da milícia de mulá Omar estariam tentando retomar o local, usando as colinas da região para atirar contra os homens de Khan.
A Aliança do Norte anunciou que simpatizantes seus entraram em Candahar,
em referência a grupos da região que se opõem ao Taleban. "Também houve levante por parte da população local", declarou Said Jikmat, representante da Aliança no Tadjiquistão.
Por sua vez, o chanceler da coalizão rebelde, Abdullah Abdullah, declarou que "reina por completo o caos em Candahar". "O Taleban perdeu o controle da situação, e não há nenhum líder do grupo na cidade", completou Abdullah.
Um oficial do Pentágono, que pediu anonimato, afirmou que, aparentemente, o Taleban está deixando Candahar, concentrando suas forças a oeste da cidade.
"Taleban resiste"
Segundo a agência islâmica afegã "AIP", ligada ao Taleban, o grupo extremista continua no comando em Candahar. A "AIP" disse que as forças do Taleban na cidade "continuam intactas", que os líderes da milícia "estão bem" e que foi decretado toque de recolher na região.
Alto-falantes espalhados pelas mesquitas da cidade teriam anunciado que, para manter a ordem, qualquer pessoa que estivesse nas ruas após as 21h poderia ser baleada.
Din Mohamad, integrante do Taleban, disse à agência "Reuters" que de 40 mil a 50 mil soldados estão em Candahar, defendendo as posições da milícia.
Em meio a relatos contraditórios, a queda do Taleban em Candahar foi negada até por um líder rebelde: Hamid Karzai, ligado ao ex-rei afegão Zahir Shah, disse que a milícia permanece na cidade, mas confirmou que o aeroporto está em mãos rebeldes.
Oficiais da oposição disseram ainda que Gul Agha, pashtu que governou Candahar antes da ascensão do Taleban, seguiu com tropas do Paquistão para o Afeganistão, para tentar tomar a cidade.
Com agências internacionais
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Relatos de intenso combate indicam que o Taleban pode perder em breve o domínio sobre Candahar, a cidade que abriga seu quartel-general. Forças anti-Taleban já tomaram o aeroporto da região, segundo fontes afegãs e americanas, e há informações, não confirmadas, de que a milícia islâmica liderada pelo mulá Mohamad Omar estaria deixando a cidade, para se abrigar nas montanhas.
Segundo o contra-almirante John Stufflebeem, oficial do Pentágono, o aeroporto de Candahar foi tomado por chefes tribais pashtus, pertencentes à mesma etnia dominante do Taleban. Essa ofensiva, sem vinculação com a Aliança do Norte, é sinal da perda de poder do Taleban, que até a semana passada controlava as principais cidades do país.
A pista de pouso passou para o controle de 200 combatentes fiéis ao pashtu Arif Khan, chefe tribal da região que, no passado, aceitava o poder do Taleban.
Os soldados da milícia de mulá Omar estariam tentando retomar o local, usando as colinas da região para atirar contra os homens de Khan.
A Aliança do Norte anunciou que simpatizantes seus entraram em Candahar,
em referência a grupos da região que se opõem ao Taleban. "Também houve levante por parte da população local", declarou Said Jikmat, representante da Aliança no Tadjiquistão.
Por sua vez, o chanceler da coalizão rebelde, Abdullah Abdullah, declarou que "reina por completo o caos em Candahar". "O Taleban perdeu o controle da situação, e não há nenhum líder do grupo na cidade", completou Abdullah.
Um oficial do Pentágono, que pediu anonimato, afirmou que, aparentemente, o Taleban está deixando Candahar, concentrando suas forças a oeste da cidade.
"Taleban resiste"
Segundo a agência islâmica afegã "AIP", ligada ao Taleban, o grupo extremista continua no comando em Candahar. A "AIP" disse que as forças do Taleban na cidade "continuam intactas", que os líderes da milícia "estão bem" e que foi decretado toque de recolher na região.
Alto-falantes espalhados pelas mesquitas da cidade teriam anunciado que, para manter a ordem, qualquer pessoa que estivesse nas ruas após as 21h poderia ser baleada.
Din Mohamad, integrante do Taleban, disse à agência "Reuters" que de 40 mil a 50 mil soldados estão em Candahar, defendendo as posições da milícia.
Em meio a relatos contraditórios, a queda do Taleban em Candahar foi negada até por um líder rebelde: Hamid Karzai, ligado ao ex-rei afegão Zahir Shah, disse que a milícia permanece na cidade, mas confirmou que o aeroporto está em mãos rebeldes.
Oficiais da oposição disseram ainda que Gul Agha, pashtu que governou Candahar antes da ascensão do Taleban, seguiu com tropas do Paquistão para o Afeganistão, para tentar tomar a cidade.
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