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EUA buscam forçar relações entre Israel e árabes, diz Hamas
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da Efe, em Gaza
O líder do Hamas na faixa de Gaza e primeiro-ministro deposto, Ismail Haniyeh, advertiu neste sábado que a conferência internacional sobre o Oriente Médio organizada pelos Estados Unidos (EUA) quer forçar os países árabes a normalizarem suas relações com Israel.
"A conferência quer empurrar os países árabes, principalmente a Arábia Saudita, a normalizar as relações com Israel", disse Haniyeh.
Haniyeh acrescentou que a reunião também "tenta garantir que os países árabes acabem apoiando as políticas americanas em relação ao Irã e ao Iraque".
O líder do Hamas criticou duramente os recentes contatos entre israelenses e palestinos com o objetivo de chegar a um acordo de princípios para apresentar na conferência, prevista para acontecer em novembro, em Annapolis.
"Qualquer acordo não reunirá as mínimas reivindicações dos princípios palestinos, pois Israel continua firme em sua posição de rejeição a Jerusalém (Oriental) como a capital de um Estado palestino, do retorno dos refugiados palestinos e de se retirar dos territórios ocupados em 1967", disse.
O presidente americano, George W. Bush, anunciou a convocação da conferência em junho, depois que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, encerrou o anterior governo de unidade junto com os islamitas, após a tomada da faixa de Gaza pelo Hamas.
Abbas e o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, conversaram de forma regular desde a tomada da faixa de Gaza, e suas respectivas equipes de negociação realizam esforços para elaborar um documento para ser apresentado na conferência.
Haniyeh pediu que os líderes palestinos "não se aproveitem da divisão entre os palestinos e se dirijam à outra parte [Israel]" para castigar a faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
Além disso, o líder do Hamas disse que contestará "cada resultado da conferência", e que o movimento islâmico se dirigirá aos países árabes para advertir sobre as "perigosas conseqüências da cúpula".
Ahmed Korei, que será o chefe da equipe de negociação palestina na conferência de novembro, disse hoje que as futuras conversas com Israel não partirão do zero, como em outras ocasiões.
"A fórmula da solução parece clara às duas partes, e precisamos apenas transformá-la em um acordo", disse Korei ao jornal "Al Quds", editado em Jerusalém.
Korei, ex-primeiro-ministro palestino no período de Iasser Arafat, afirmou que as "críticas de que a atual situação interna não permite uma solução não são mais aceitáveis, porque o acordo resolverá outros problemas para israelenses e palestinos".
"Devemos buscar alternativas e opções, se não chegarmos a um documento conjunto com Israel antes da conferência internacional de novembro", acrescentou.
Korei disse que o documento deverá incluir "os pontos básicos relativos às resoluções internacionais, as iniciativas de paz árabes e a visão do presidente Bush", de uma solução de dois Estados para dois povos.
Abbas nomeou Korei, ex-chefe de governo e membro de anteriores negociações com Israel, como negociador-chefe da ANP nas conversas em andamento com os israelenses para chegar a um acordo antes da conferência.
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