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Israel deveria anexar a Cisjordânia, diz deputado israelense
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da Efe, em Jerusalém
O deputado e presidente da coalizão direitista União Nacional-Partido Religioso Nacional, Benny Elon, propôs neste domingo que Israel anexe a Cisjordânia e permita aos palestinos residir ali caso se transformem em cidadãos jordanianos.
Em entrevista coletiva realizada hoje, em Jerusalém, Elon divulgou sua nova proposta política --chamada de "A Iniciativa Israelense"--, que assegurou ser baseada em "uma nova maneira de pensar que permitirá uma paz verdadeira" entre israelenses e palestinos.
Em virtude do plano, milhares de refugiados palestinos residentes na Cisjordânia receberiam ajuda financeira para construir novas casas.
"Desta forma, os campos de refugiados nos quais vivem seriam destruídos", disse.
O deputado também afirmou que era possível convencer o monarca jordaniano Abdullah II a aceitar a iniciativa, cujos detalhes finais seriam acertados entre Israel e Jordânia.
"O estabelecimento do Estado de Israel não privou os palestinos de seu Estado, pois eles nunca tiveram um Estado", disse Elon.
Segundo o político, "Israel retirou as casas e a dignidade [dos palestinos]".
"Podemos devolver aos palestinos sua dignidade, dar casas, e ter esperança de uma nova vida, se mudarmos o status dos refugiados", afirmou.
O político também criticou o trabalho da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos) ao afirmar que seu trabalho fracassou, e que ela deveria ser fechada.
Elon acusou a organização de "perpetuar o problema dos refugiados" ao continuar destinando ajudas em lugar de conceber soluções a longo prazo.
O deputado revelou ter recolhido US$ 1 milhão em sua campanha para promover a iniciativa, e disse que funcionários americanos mostraram interesse nela.
"Hoje começo um longo caminho, que vai além da política", acrescentou.
"Criaremos os mecanismos necessários para convencer o público israelense e os políticos. Como cidadão e judeu, me preocupa que o povo não veja a luz no fim do túnel, e não acredite mais na paz e na justiça, após o fracasso dos Acordos de Oslo [1993] e o desligamento [retirada de Gaza, em 2005]", concluiu.
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