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09/10/2007 - 19h09

Al Qaeda ainda é maior ameaça aos EUA, afirma Casa Branca

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da Reuters, em Washington

A organização terrorista Al Qaeda continua sendo "a mais séria e perigosa" ameaça terrorista e acredita-se que ela irá intensificar as tentativas de infiltrar seus membros nos EUA, segundo relatório da Casa Branca divulgado nesta terça-feira.

Apesar dos esforços para destruir a organização responsável pelo 11 de Setembro, a Al Qaeda protegeu seu mais alto líder, substituiu seus comandantes e "recriou um reduto seguro" nas áreas tribais do Paquistão, afirma o relatório.

O documento, intitulado "Estratégia Nacional para Segurança Interna", diz que a Al Qaeda também continua a buscar armas de destruição em massa e tenta adquirir e usar material químico, biológico e nuclear.

O relatório atualiza a primeira estratégia de segurança interna da Casa Branca, de julho de 2002, após o 11 de Setembro e antes da invasão do Iraque, liderada pelos EUA.

Restrição das liberdades

O documento foi divulgado na mesma semana em que comissões do Congresso consideram expandir em caráter permanente os direitos de espionagem interna do governo, e acrescentar novas ressalvas às liberdades civis.

O presidente George W. Bush tem defendido firmemente os programas antiterrorismo de sua administração, incluindo as detenções de suspeitos de terrorismo realizadas pela CIA e o programa de espionagem interna, alegando que são necessários para prevenir outro ataque em solo americano.

No entanto, críticos questionam a legalidade dos programas, e afirmam que o fato de a administração Bush ter se focado na Guerra do Iraque fez com que ela limitasse muito os recursos usados para perseguir os líderes da Al Qaeda.

"Apesar de termos descoberto apenas alguns indivíduos nos EUA ligados à alta liderança da Al Qaeda, o grupo deve intensificar seus esforços para colocar agentes em território americano", afirma o relatório.

Identificar membros da Al Qaeda dentro dos EUA "é a única alta prioridade" do FBI e do Departamento de Justiça, afirmou a assessora da Casa Branca para segurança interna, Fran Townsend.

Aliado paquistanês

Apesar do relatório afirmar que há um reduto da Al Qaeda no Paquistão, a Casa Branca reiterou que o ditador paquistanês Pervez Musharraf tem auxiliado na luta contra o terrorismo.

"Temos desfrutado alguns de nossos maiores sucessos com nossos aliados do Paquistão", disse Towsend a jornalistas.

Os esforços dos EUA para encontrar Osama bin Laden, líder da Al Qaeda seguem infrutíferos e ele tem divulgado diversas fitas de vídeo mostrando que continua vivo.

Funcionários dos EUA acreditam que ele esteja na região da porosa fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Mas um ex-agente de inteligência paquistanês disse que Bin Laden poderia se esconder mais facilmente em uma cidade do que em uma remota região tribal.

A Al Qaeda deve continuar a buscar maior apoio com grupos extremistas regionais, em especial a Al Qaeda no Iraque, para aumentar sua capacidade de atingir os EUA, diz o relatório.

Hizbollah

"Reconhecemos que nossos esforços também devem envolver uma ofensiva em casa e fora", disse Bush em carta que acompanha o documento. "Hoje, nossa nação está mais segura, mas ainda não estamos seguros."

O relatório diz ainda que o grupo radical Hizbollah pode considerar atacar os EUA se perceberem Washington como uma "ameaça direta ao grupo ou ao Irã, seu principal financiador".

O documento também expressa preocupação sobre o uso de explosivos improvisados em ataques em solo americano, pois podem ser feitos com relativa facilidade, e afirma que a Casa Branca está desenvolvendo uma estratégia nacional contra tal ameaça.

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