Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/10/2007 - 20h33

Uribe, Chávez e Correa inauguram gasoduto binacional

Publicidade

da Folha Online

Os presidentes da Colômbia, Alvaro Uribe, da Venezuela, Hugo Chávez, e do Equador, Rafael Correa, inauguraram nesta sexta-feira, em Manaure (Colômbia), a estação colombiana do gasoduto binacional construído por Bogotá e Caracas.

Uribe, Chávez e Correa assinaram um "memorando de entendimento" para completar a ligação dos três países, dentro de uma iniciativa defendida pelo presidente venezuelano e que pode chegar à América Central e a outros países sul-americanos.

O presidente colombiano disse a Chávez que está pronto para levar o Gasoduto Transoceânico até o Panamá. Uribe também se disse disposto a facilitar uma saída pelo Pacífico para a Venezuela, por meio de um duto para o transporte de combustíveis de exportação para a Ásia.

"Gasoduto Transandino"

Uribe pediu a Correa que o informe se é necessário fazer mudanças no projeto do gasoduto que levará gás do Caribe até a cidade de Popayán (Colômbia), como passagem para a projetada extensão do gasoduto até Tulcán (Equador), braço que Chávez chamou de "Gasoduto Transandino", pois pode ser estendido no futuro até o Peru e a Bolívia.

"A Colômbia quer oferecer a essa integração sua localização geográfica", disse Uribe, após inaugurar, com Chávez e Correa, a placa comemorativa da entrada em funcionamento do gasoduto, que vai até Maracaibo (Venezuela).

O ato reuniu os três líderes em Ballenas, litoral de Manaure (mais de 1.400 quilômetros ao norte de Bogotá).

O gasoduto, de 224 quilômetros, 89 deles em território colombiano, poderá transportar até 500 mil pés cúbicos de gás por dia, segundo explicou o ministro de Energia venezuelano, Rafael Ramírez.

O projeto foi desenvolvido em parceria entre as empresas estatais Colombiana de Petróleos (Ecopetrol) e Petróleos da Venezuela S.A (PDVSA).

"Gaseificar o lar"

O gasoduto teve um custo de US$ 467 milhões, e gerou mais de 1.600 empregos, segundo Ramírez, enquanto seu colega colombiano, Hernán Martínez, ressaltou que 60% dos 645 milhões de pés cúbicos de gás que a Colômbia produz diariamente são extraídos no Caribe.

"A integração energética é vital", disse Chávez, em discurso no qual não faltaram referências ao herói da independência venezuelana Simón Bolívar e aos Estados Unidos, para onde pediu que não se leve o gás.

O governante venezuelano também ressaltou a conveniência de "gaseificar o lar", com estufas, refrigeradores e aquecedores a gás que sejam fabricados em "nossas empresas transnacionais".

"Estamos em um projeto de diversificação energética", afirmou Correa, que disse que sua viagem ao local fez dele um "observador de um momento histórico".

Comunidade Andina

O presidente equatoriano ratificou seu convite ao líder venezuelano para reingressar na Comunidade Andina das Nações (CAN).

"A CAN é seu lugar natural, do qual nunca deve sair", disse Correa, que recomendou aos presidentes dos outros países-membros (Bolívia, Colômbia, Peru e Chile), que assinem um "documento mínimo" sobre o funcionamento do bloco.

Uribe também ratificou o convite que fez a Chávez com o mesmo propósito.

"Presidente Chávez: retorne rapidamente à CAN", pediu Uribe, que após o pedido foi com ele a um encontro bilateral sobre o papel de mediador do presidente venezuelano no acordo humanitário por meio do qual as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) condicionaram a libertação de 45 reféns.

As Farc pretendem trocar as 45 pessoas, entre elas a ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, que também tem nacionalidade francesa, e três americanos, por 500 guerrilheiros presos, entre eles dois extraditados para os EUA.

Com Efe

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página