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Justiça israelense ordena "investigação" contra Olmert
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da France Presse, em Jerusalém
A Justiça israelense ordenou neste domingo a abertura de uma "investigação criminal" sobre o primeiro-ministro, Ehud Olmert, suspeito de tráfico de influência em um escândalo financeiro, informou uma fonte judicial.
O conselheiro jurídico do governo, Menahem Mazuz, "ordenou à polícia a abertura de uma investigação criminal diante das suspeitas que pesam sobre Olmert, que teria favorecido investidores e nomeado amigos quando era ministro da Indústria e Comércio", revelou a fonte.
Legalmente, a decisão, que envolve fatos ocorridos em 2005 e 2006, não obriga Olmert a renunciar.
O escândalo surge em um péssimo momento para o chefe de governo, cuja popularidade está baixa desde os erros cometidos na guerra do Líbano, em 2006, e quando tenta reativar o processo de paz com os palestinos.
De acordo com fontes policiais, citadas pelo jornal "Haaretz", será difícil estabelecer provas da suposta malversação por parte de Olmert, que garante ter "as mãos completamente limpas nesse assunto".
A presidência do Conselho qualificou a investigação de "supérflua" e garantiu que ela "não chegará a nada", tampouco "impedirá o primeiro-ministro de exercer plenamente suas funções".
Os deputados da oposição de direita exigiram a renúncia de Olmert, argumentando que o acúmulo de denúncias contra o premiê o impedem de exercer suas funções.
Olmert, de 62 anos, já é alvo de investigações por transações imobiliárias e pela privatização do Banco Leumi, o segundo maior de Israel.
Os três antecessores de Ehud Olmert, os primeiros-ministros Ariel Sharon, Ehud Barak e Benyamin Netanyahu, também foram investigados judicialmente por corrupção ou tráfico de influência, mas sem maiores conseqüências.
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