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06/07/2000
-
13h07
da France Presse
em Jerusalém (Israel)
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, cuja coalizão política está se desmoronando rapidamente, se mostra sereno, apesar do fato de que comparecerá à reunião de cúpula de Camp David (Estados Unidos) representando um governo minoritário e enfraquecido.
Barak, que prometeu submeter todo acordo de paz com os palestinos a um
referendo, está convencido de que o eleitorado o apoiará massivamente, como quando ele foi eleito primeiro-ministro, em 17 de maio de 1999.
Na quarta-feira (5), o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, anunciou a realização de uma reunião de cúpula entre Barak e o líder palestino, Yasser Arafat, reacendendo a crise na coalizão governamental, o que poderia fazer com que Barak perdesse dois de seus cinco membros dos pequenos partidos de direita contrários a qualquer concessão territorial significativa aos palestinos.
O ministro do Interior de Israel, Natan Sharansky, chefe do partido de
imigrantes russos Israel Be'Alya, reiterou nesta quinta-feira (6) que renunciará no próximo conselho de ministros, marcado para domingo (9), a menos que Barak forme até lá um Governo de união nacional com o Likud, principal partido oposicionista de direita.
O ministro da Habitação, Yitzhak Levy, chefe do Partido Nacional Religioso (PNR, cinco legisladores), assinalou que recomendará à organização que abandone a coalizão, em protesto contra a reunião de cúpula. Nesse caso, Barak, que teoricamente conta atualmente com 68 votos na Knesset (Parlamento unicameral de 120 cadeiras), passaria a dispor de apenas 59 votos.
O Israel Be'Alya e o PNR, porta-voz dos colonos, sustentam há várias
semanas que Barak já teria proposto a Arafat ceder aos palestinos até 92% da Cisjordânia, incluindo áreas onde vivem 40 mil colonos.
O líder político Eli Yishai, ministro do Trabalho, disse que Barak o convidou no mês passado para acompanhá-lo em uma eventual reunião de cúpula. Yishai, recusou o convite, é do partido ultra-ortodoxo Shass (segundo maior integrante da coalizão, com 17 deputados).
Barak, abandonado pelo Israel Be'Alya e pelo PNR, e mantido à distância
pelo Shass, parece hoje um homem isolado, na liderança de um Governo
enfraquecido. Mas o premier se mostra sereno. Sua tranquilidade se deve, provavelmente, ao fato de que ele foi eleito com uma maioria inédita de 56% dos votos.
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Barak chegará em Camp David enfraquecido pela política interna israelense
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em Jerusalém (Israel)
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, cuja coalizão política está se desmoronando rapidamente, se mostra sereno, apesar do fato de que comparecerá à reunião de cúpula de Camp David (Estados Unidos) representando um governo minoritário e enfraquecido.
Barak, que prometeu submeter todo acordo de paz com os palestinos a um
referendo, está convencido de que o eleitorado o apoiará massivamente, como quando ele foi eleito primeiro-ministro, em 17 de maio de 1999.
Na quarta-feira (5), o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, anunciou a realização de uma reunião de cúpula entre Barak e o líder palestino, Yasser Arafat, reacendendo a crise na coalizão governamental, o que poderia fazer com que Barak perdesse dois de seus cinco membros dos pequenos partidos de direita contrários a qualquer concessão territorial significativa aos palestinos.
O ministro do Interior de Israel, Natan Sharansky, chefe do partido de
imigrantes russos Israel Be'Alya, reiterou nesta quinta-feira (6) que renunciará no próximo conselho de ministros, marcado para domingo (9), a menos que Barak forme até lá um Governo de união nacional com o Likud, principal partido oposicionista de direita.
O ministro da Habitação, Yitzhak Levy, chefe do Partido Nacional Religioso (PNR, cinco legisladores), assinalou que recomendará à organização que abandone a coalizão, em protesto contra a reunião de cúpula. Nesse caso, Barak, que teoricamente conta atualmente com 68 votos na Knesset (Parlamento unicameral de 120 cadeiras), passaria a dispor de apenas 59 votos.
O Israel Be'Alya e o PNR, porta-voz dos colonos, sustentam há várias
semanas que Barak já teria proposto a Arafat ceder aos palestinos até 92% da Cisjordânia, incluindo áreas onde vivem 40 mil colonos.
O líder político Eli Yishai, ministro do Trabalho, disse que Barak o convidou no mês passado para acompanhá-lo em uma eventual reunião de cúpula. Yishai, recusou o convite, é do partido ultra-ortodoxo Shass (segundo maior integrante da coalizão, com 17 deputados).
Barak, abandonado pelo Israel Be'Alya e pelo PNR, e mantido à distância
pelo Shass, parece hoje um homem isolado, na liderança de um Governo
enfraquecido. Mas o premier se mostra sereno. Sua tranquilidade se deve, provavelmente, ao fato de que ele foi eleito com uma maioria inédita de 56% dos votos.
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