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26/11/2001 - 17h48

Polícia espanhola diz que ETA pode derrubar aviões militares

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LIGIA BRASLAUSKAS
da Folha Online

O grupo extremista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade) estaria planejando atentados contra aviões militares que transportam mísseis. A informação foi divulgada hoje pelo jornal espanhol "El Mundo". De acordo com a reportagem, há fortes indícios de que o ETA poderia tentar um ataque contra aviões militares carregados com mísseis portáteis (que medem cerca de dois metros e podem ser carregados por uma única pessoa). Se confirmado qualquer plano desse tipo, o ETA estaria modificando toda sua estratégia de ataques contra o governo espanhol.

A ameaça, considerada bastante séria pelo governo, fez com que a Guarda Civil espanhola fizesse um rastreamento para identificar todas as instalações militares no país onde existem pistas de aterrissagem.

De acordo com o Cesid (que funciona como a inteligência da Espanha) dispositivos de segurança contra esses tipos de ação devem ser aplicados imediatamente. O jornal diz que o Cesid teria enviado uma nota secreta para os principais comandos militares espanhóis pedindo que a segurança fosse reforçada em todas as pistas de aterrissagem militares.

Segundo o jornal, os serviços de informação secreta identificaram nos últimos meses uma queda nas ações do ETA, depois que o grupo sofreu vários golpes policiais, com a prisão de membros. Mas, embora a pressão sobre a guerrilha tenha atingido resultados positivos, as equipes de segurança espanhola ainda acreditam que o ETA possa realizar atentados de alto poder de destruição e que os terroristas ainda mantêm um grande arsenal de armas e explosivos. O comunicado da inteligência espanhola sobre o assunto teria ocorrido nos dia 10 deste mês.

No dia 7, o juiz José María Lidón foi morto a tiros na região basca da Espanha em ataque atribuído ao ETA, um dia depois de um carro-bomba, também atribuído ao grupo separatista, ter explodido e ferido mais de 90 pessoas em Madri.

Terrorismo
Logo depois, no dia 13, nove militantes islâmicos ligados a Al Qaeda -rede terrorista cujo líder é Osama bin Laden- foram presos na Espanha. Os nove homens de nacionalidades tunisiana, argelina e síria trabalhavam no recrutamento de voluntários para os campos de treinamento da rede Al-Qaeda. "Entre as atividades que eles realizavam estava a captação de pessoas para os campos de treinamento de terroristas e o fornecimento de documentos falsos para dar apoio a pessoas próximas a estes grupos."

As prisões são fruto de investigações do juiz Baltasar Garzón que já vinham ocorrendo há mais de dois anos. Não é a primeira vez que a Espanha prende extremistas islâmicos suspeitos de terem relações com Bin Laden, o principal acusado pelos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.

Duas semanas depois dos ataques do dia 11, a Espanha prendeu seis argelinos acusados de participar da Daawa wal Jihad, grupo suspeito de ter relação com a Al Qaeda.

Em junho, a Espanha já havia prendido Mohamad Bensakhria, apontado como um importante integrante da Al Qaeda. Bensakhria, que foi preso na cidade de Alicante (sul) acabou sendo extraditado para a França em julho.

Leia mais no especial Espanha - País Basco

 

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