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28/11/2001
-
16h23
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
O governo alemão e a União Européia estão tratando com "ceticismo" a eventual extensão da guerra contra o terrorismo ao Iraque, segundo declarou hoje o ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, diante dos deputados do Bundestag (Parlamento alemão).
"A UE deixou bem claro para os americanos suas reservas contra essa possibilidade", disse o ministro durante os debates sobre o orçamento de 2002. Segundo Fischer, os conflitos como os do Oriente Médio, "devem ser resolvidos politicamente".
Na segunda-feira passada (25), o presidente americano, George W. Bush, fez ameaças contra o Iraque, para pressionar o presidente iraquiano, Saddam Hussein, a aceitar a volta ao país dos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) que investigam a fabricação de novas armas de destruição em massa.
Para o ministro da Defesa da França, Alain Richard, não há necessidade de ataques militares contra o Iraque ou outro país. "Não há outra nação cujos líderes venham sendo cúmplices ativos de atos terroristas", disse Richard em Sofia (capital da Bulgária). "Não achamos que é necessária, hoje, uma ação militar contra outras regiões."
Irã
O vice-presidente do Irã, Mohamed Ali Abtahi, também rechaçou hoje qualquer ataque americano contra o Iraque dentro da ofensiva anti-terrorista.
"Creio que todo o mundo islâmico se opõe firmemente [aos ataques]", disse Abtahi, em declarações difundidas hoje pela emissora de TV do Qatar Al Jazeera. Segundo o iraniano, os EUA estão intervindo no Ásia Central "não para combater o terrorismo, mas para promover seus interesses".
O vice-presidente também criticou a utilização de bases no Afeganistão por tropas dos EUA, para a realização das operações militares no país. Segundo ele, o mundo já tem "o exemplo do que aconteceu há dez anos na Guerra do Golfo [1991], quando tropas americanas chegaram à região, aonde ainda permanecem".
Com agências internacionais
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Europa e Irã se opõem a ataques dos EUA no Iraque
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da Folha Online
O governo alemão e a União Européia estão tratando com "ceticismo" a eventual extensão da guerra contra o terrorismo ao Iraque, segundo declarou hoje o ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, diante dos deputados do Bundestag (Parlamento alemão).
"A UE deixou bem claro para os americanos suas reservas contra essa possibilidade", disse o ministro durante os debates sobre o orçamento de 2002. Segundo Fischer, os conflitos como os do Oriente Médio, "devem ser resolvidos politicamente".
Na segunda-feira passada (25), o presidente americano, George W. Bush, fez ameaças contra o Iraque, para pressionar o presidente iraquiano, Saddam Hussein, a aceitar a volta ao país dos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) que investigam a fabricação de novas armas de destruição em massa.
Para o ministro da Defesa da França, Alain Richard, não há necessidade de ataques militares contra o Iraque ou outro país. "Não há outra nação cujos líderes venham sendo cúmplices ativos de atos terroristas", disse Richard em Sofia (capital da Bulgária). "Não achamos que é necessária, hoje, uma ação militar contra outras regiões."
Irã
O vice-presidente do Irã, Mohamed Ali Abtahi, também rechaçou hoje qualquer ataque americano contra o Iraque dentro da ofensiva anti-terrorista.
"Creio que todo o mundo islâmico se opõe firmemente [aos ataques]", disse Abtahi, em declarações difundidas hoje pela emissora de TV do Qatar Al Jazeera. Segundo o iraniano, os EUA estão intervindo no Ásia Central "não para combater o terrorismo, mas para promover seus interesses".
O vice-presidente também criticou a utilização de bases no Afeganistão por tropas dos EUA, para a realização das operações militares no país. Segundo ele, o mundo já tem "o exemplo do que aconteceu há dez anos na Guerra do Golfo [1991], quando tropas americanas chegaram à região, aonde ainda permanecem".
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