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06/07/2000 - 20h21

Kohl, ex-chanceler alemão, tenta desviar suspeitas do seu governo para o atual

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da Deutsche Welle
na Alemanha

Para surpresa geral, o ex-chanceler federal da Alemanha, Helmut Kohl, apresentou uma suspeita totalmente nova. Não o seu governo, mas do seu sucessor Gerhard Schroeder, que seria responsável pela destruição de dados de computador e atas.

O chanceler da unidade alemã fez essa acusação no seu segundo depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito que apura suspeitas de corrupção em seu governo e o escândalo do caixa dois do seu partido União Democrata-Cristã (CDU).

Os Partidos Social Democrata (SPD) e Verde reagiram com grande indignação à insinuação de que documentos sobre negócios importantes do governo Kohl teriam sido destruídos e manipulados pelo atual. "Isto é uma distorção dos fatos", disse o deputado Frank Hofmann, representante do SPD na CPI.

"Primeiro, está provado que já desapareceram atas em 1997 e que foram apagados dados de computador da chancelaria pouco antes de Kohl transferir a chefia de governo", acrescentou, indignado, o deputado. Kohl chamou o escândalo atual de eliminação maciça de documentos de "filme policial", cujo roteiro teria sido escrito pelo governo Schroeder no ano passado.

O ex-chanceler não esclareceu as acusações de que o seu governo tomou decisões políticas influenciado por propinas e doações ilegais ao seu partido, CDU. Limitou-se a dizer que não há fundamento nos boatos de corrupção na privatização da refinaria Leuna e da rede de tanques de combustíveis da ex-Alemanha Oriental, comunista, nem na exportação de 36 postos à Arábia Saudita.

Apesar das pressões, o ex-chanceler negou-se de novo a revelar os nomes dos doadores anônimos à CDU, alegando que dera sua palavra de honra. Mas admitiu que as doações anônimas que depositara em contas secretas somam 3 milhões de marcos, em vez dos 2 milhões que mencionara quando o escândalo estourou no início do ano.

Kohl teve que esperar horas para reiniciar o seu depoimento. Ele foi interrompido semana passada, depois que o presidente da CPI, Volker Neumann, gerou um escândalo, revelando que o ex-chanceler preparou a apresentação de figuras-chave do escândalo na Comissão, em encontros com membros da CDU na CPI. Um dos motivos da demora foi a suspensão dos trabalhos para os integrantes da CPI e os jornalistas assistirem pela TV a escolha da Alemanha para sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2006.

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