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04/11/2007 - 14h01

Merkel pede que SPD não despreze reformas trabalhistas

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da Efe, em Berlim

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu ao Partido Social democrata (SPD), aliados na coalizão governamental, a não pôr em risco o obtido com os planos de modificar a reforma trabalhista, enquanto o ministro do Interior, Wolfgang Schäuble, alertou que não haverá uma nova coalizão após as eleições gerais de 2009.

"Não podemos desprezar o que conseguimos. Nem tudo o que soa bem à primeira vista é bom para a Alemanha", afirmou Merkel ao jornal "Welt am Sonntag", depois que o SPD aprovou em seu congresso nacional uma série de mudanças na reforma trabalhista.

Merkel presidirá na noite de hoje uma reunião de coalizão em que serão abordadas questões como os auxílios-desemprego, além de outros temas nos quais há divergências entre os aliados, como os planos de privatização das ferrovias, de acordo com o modelo proposto pelo SPD.

A chanceler alerta que toda mudança nos subsídios do desemprego deve garantir uma "neutralidade de custos" para o departamento de Emprego e lembra que a redução do desemprego e do endividamento são tarefas prioritárias de seu governo.

O congresso do SPD, realizado no final de outubro em Hamburgo, apoiou o líder do partido, Kurt Beck, na proposta de estender os subsídios do desemprego aos maiores de 50 anos e que estes seriam financiados com as verbas da Agência Federal de Emprego.

Beck conseguiu o apoio do partido para esta e outras propostas, em um congresso marcado por uma certa guinada à esquerda, em parte devido à pressão que representa a ascenção do novo partido A Esquerda do ex-social-democrata Oskar Lafontaine e o pós-comunista Gregor Gysi.

A linha de Beck se choca com a defendida por seu correligionário, vice-chanceler e ministro do Trabalho, Franz Müntefering, contrário a tais mudanças, mas que teve de aceitar contra sua vontade o aprovado no congresso.

Müntefering, peça-chave no debate, não estará na reunião de coalizão de hoje por motivos particulares, já que sua esposa se submeterá a uma delicada operação.

Mais contundente na rejeição às propostas do SPD é o ministro do Interior Schäuble, que no jornal "Bild am Sonntag" afirma "com segurança" que não apoiará uma renovação da grande coalizão na próxima legislatura.

"O SPD está incorrendo em absurdos flagrantes", diz Schäuble, que lembra que a coalizão assumiu uma responsabilidade por quatro anos perante o eleitorado.

O ministro afirma que não pode haver mudanças no rumo, já que foi mantido o objetivo de reduzir os números de desemprego para menos de 3,5 milhões.

Pretender mudar o decidido no pacto de coalizão é "romper um contrato", diante do qual o SPD deverá "assumir suas responsabilidades", afirma.

Schäuble lembra ainda que os liberais, tradicionais parceiros da União Democrata-Cristã (CDU), estão "mais próximos em muitas questões" da legenda.

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