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07/12/2001
-
21h58
da Folha Online
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse hoje que a guerra contra o terrorismo só terá fim com "a vitória dos EUA, dos aliados e da liberdade, e não com um acordo ou trégua".
Bush mandava um recado claro ao mulá Mohamad Omar, líder supremo da milícia Taleban, que oficializou nesta sexta-feira sua rendição completa após dois meses de bombardeios do EUA.
Omar tentou, durante esta semana, negociar a sua rendição. O objetivo do mulá era continuar vivendo no Afeganistão, sem ter que responder a processo nos tribunais militares norte-americanos.
Bush, no entanto, descartou a negociação e prometeu encontrar os responsáveis pelos ataques de 11 setembro, nos quais morreram mais de 3.000 pessoas, e levá-los à Justiça. "Ainda há um longo e difícil caminho até o fim."
"Muitos terroristas ainda estão escondidos em bunkers. Eles devem estar preparados para uma longa estada embaixo da terra, mas devem mudar os planos pois iremos encontrá-los e depois vamos acabar com essa rede terrorista", disse Bush
Falando sobre o Taleban, o presidente norte-americano foi irônico e disse que a milícia, que chegou a controlar 90% do território do Afeganistão, hoje controla "apenas algumas cavernas".
Mas apesar de prever a continuidade do conflito, Bush não deixou de comemorar a oficialização da rendição do taleban, que entregou hoje ao novo governo interino o controle de Candahar, última grande cidade do país sob seu domínio.
Mesmo após o Taleban ter iniciado a entrega da cidade, na qual funcionava o quartel-general da milícia, as tropas dos EUA continuam atacando Candahar. Segundo algumas testemunhas, duas pessoas teriam morrido e duas outras teriam ficado feridas.
Embora tenha negociado na quinta-feira (06) sua rendição e a entrega de Candahar, o mulá Mohamad Omar, líder supremo do Taleban, tem paradeiro desconhecido. Segundo informações da "AIP" (Afghan Islamic Press), agência de notícias ligada ao Taleban, o mulá desapareceu da cidade após ordenar a rendição.
"O mulá Omar não está em Candahar e a shura [conselho de notáveis] nacional não sabe onde ele está. Ele foi para local desconhecido", afirmou Haji Bashar, ex-comandante mujahidin (guerreiros islâmicos que expulsaram os soviéticos do Afeganistão, com apoio financeiro e treinamento da CIA).
"Eu não tenho idéia de onde está o mulá Omar. Mas, é claro, que eu quero prendê-lo. Eu dei a ele todas as chances para denunciar o terrorismo e o tempo agora acabou. Ele é um fugitivo, um foragido da justiça.", completou Bashar.
Com agências internacionais
Leia mais:
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Bush diz que guerra continua, apesar da rendição do Taleban
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O presidente dos EUA, George W. Bush, disse hoje que a guerra contra o terrorismo só terá fim com "a vitória dos EUA, dos aliados e da liberdade, e não com um acordo ou trégua".
Bush mandava um recado claro ao mulá Mohamad Omar, líder supremo da milícia Taleban, que oficializou nesta sexta-feira sua rendição completa após dois meses de bombardeios do EUA.
Omar tentou, durante esta semana, negociar a sua rendição. O objetivo do mulá era continuar vivendo no Afeganistão, sem ter que responder a processo nos tribunais militares norte-americanos.
Bush, no entanto, descartou a negociação e prometeu encontrar os responsáveis pelos ataques de 11 setembro, nos quais morreram mais de 3.000 pessoas, e levá-los à Justiça. "Ainda há um longo e difícil caminho até o fim."
"Muitos terroristas ainda estão escondidos em bunkers. Eles devem estar preparados para uma longa estada embaixo da terra, mas devem mudar os planos pois iremos encontrá-los e depois vamos acabar com essa rede terrorista", disse Bush
Falando sobre o Taleban, o presidente norte-americano foi irônico e disse que a milícia, que chegou a controlar 90% do território do Afeganistão, hoje controla "apenas algumas cavernas".
Mas apesar de prever a continuidade do conflito, Bush não deixou de comemorar a oficialização da rendição do taleban, que entregou hoje ao novo governo interino o controle de Candahar, última grande cidade do país sob seu domínio.
Mesmo após o Taleban ter iniciado a entrega da cidade, na qual funcionava o quartel-general da milícia, as tropas dos EUA continuam atacando Candahar. Segundo algumas testemunhas, duas pessoas teriam morrido e duas outras teriam ficado feridas.
Embora tenha negociado na quinta-feira (06) sua rendição e a entrega de Candahar, o mulá Mohamad Omar, líder supremo do Taleban, tem paradeiro desconhecido. Segundo informações da "AIP" (Afghan Islamic Press), agência de notícias ligada ao Taleban, o mulá desapareceu da cidade após ordenar a rendição.
"O mulá Omar não está em Candahar e a shura [conselho de notáveis] nacional não sabe onde ele está. Ele foi para local desconhecido", afirmou Haji Bashar, ex-comandante mujahidin (guerreiros islâmicos que expulsaram os soviéticos do Afeganistão, com apoio financeiro e treinamento da CIA).
"Eu não tenho idéia de onde está o mulá Omar. Mas, é claro, que eu quero prendê-lo. Eu dei a ele todas as chances para denunciar o terrorismo e o tempo agora acabou. Ele é um fugitivo, um foragido da justiça.", completou Bashar.
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