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09/12/2001
-
09h44
da Folha Online
O jornalista inglês Robert Fisk, 55, foi espancado por uma multidão de refugiados afegãos no Paquistão e conseguiu escapar do linchamento graças à intervenção de um líder religioso mulçumano.
Veterano correspondente internacional do jornal inglês "Independent", Fisk foi atacado depois que seu carro quebrou na estrada entre Quetta e Charnan, duas cidades paquistanesas que fazem fronteira com o Afeganistão.
Ele foi ferido na cabeça, face e mãos durante o ataque de pedras realizado por um grupo de cerca de cem pessoas.
Reprodução
"Foi uma experiência assustadora e estou com muita dor. Mas estou feliz por estar vivo", disse Fisk, que se recupera em um hotel em Quetta.
"Eu vou sofrer com as cicatrizes pelo resto da minha vida. Infelizmente, o carro quebrou no lugar errado, na hora errada."
O correspondente do "Independent" no Oriente Médio estava viajando para Charnan quando o motor esquentou e o carro quebrou perto de uma vila que abriga refugiados que cruzaram a fronteira do Afeganistão.
Ele saiu do veículo e estava tentando empurrá-lo para fora da estrada quando um grupo de 40 a 50 pessoas se juntou.
"Primeiro eles estavam razoavelmente amigáveis, mas depois um pequeno garoto jogou uma pedra em mim. Outras pedras surgiram e aí eu percebi que estava sendo linchado e espancado na cara", disse Fisk.
"Meus óculos foram destruídos e meus óculos reservas foram arrancados de mim. Eu estava coberto de sangue e não podia enxergar nada. Eu estava aparentemente assustado."
Fisk disse que começou a revidar e empurrar a multidão, formada por cerca de cem pessoas.
Ele jogou alguns de seus agressores no chão e foi resgatado por um líder muçulmano, que enfrentou a multidão e levou o jornalista para um carro de polícia.
"Sem essa intervenção, eu estaria morto", disse. Ele voltou para o hotel em Quetta, onde está sendo atendido por dois médicos paquistaneses.
Fisk disse que consegue entender a raiva da multidão. "Eu descobri depois que na vila estão muitos refugiados afegãos, cujos parentes foram assassinados na semana passada durante o ataque americano a Candahar", afirmou.
"Não é desculpa para eles terem me batido tanto, mas existiu um motivo para eles odiarem tanto uma pessoa do Ocidente."
"Eu não quero que isso seja visto como uma multidão muçulmana linchando sem razão um ocidental. Eles tinham todos os motivos de estarem com raiva. Eu tenho sido abertamente crítico em relação às ações dos Estados Unidos. Se eu fosse eles, eu teria me atacado", afirmou Fisk.
"Eu tenho trabalhado no Oriente Médio há vários anos. Essa é uma zona de guerra e às vezes você tem de apenas aceitar que essas coisas acontecem", declarou.
Leia mais:
Saiba mais sobre Robert Fisk, jornalista agredido no Paquistão
Com agências internacionais
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Jornalista inglês é espancado por refugiados afegãos no Paquistão
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O jornalista inglês Robert Fisk, 55, foi espancado por uma multidão de refugiados afegãos no Paquistão e conseguiu escapar do linchamento graças à intervenção de um líder religioso mulçumano.
Veterano correspondente internacional do jornal inglês "Independent", Fisk foi atacado depois que seu carro quebrou na estrada entre Quetta e Charnan, duas cidades paquistanesas que fazem fronteira com o Afeganistão.
Ele foi ferido na cabeça, face e mãos durante o ataque de pedras realizado por um grupo de cerca de cem pessoas.
Reprodução
"Foi uma experiência assustadora e estou com muita dor. Mas estou feliz por estar vivo", disse Fisk, que se recupera em um hotel em Quetta.
"Eu vou sofrer com as cicatrizes pelo resto da minha vida. Infelizmente, o carro quebrou no lugar errado, na hora errada."
O correspondente do "Independent" no Oriente Médio estava viajando para Charnan quando o motor esquentou e o carro quebrou perto de uma vila que abriga refugiados que cruzaram a fronteira do Afeganistão.
Ele saiu do veículo e estava tentando empurrá-lo para fora da estrada quando um grupo de 40 a 50 pessoas se juntou.
"Primeiro eles estavam razoavelmente amigáveis, mas depois um pequeno garoto jogou uma pedra em mim. Outras pedras surgiram e aí eu percebi que estava sendo linchado e espancado na cara", disse Fisk.
"Meus óculos foram destruídos e meus óculos reservas foram arrancados de mim. Eu estava coberto de sangue e não podia enxergar nada. Eu estava aparentemente assustado."
Fisk disse que começou a revidar e empurrar a multidão, formada por cerca de cem pessoas.
Ele jogou alguns de seus agressores no chão e foi resgatado por um líder muçulmano, que enfrentou a multidão e levou o jornalista para um carro de polícia.
"Sem essa intervenção, eu estaria morto", disse. Ele voltou para o hotel em Quetta, onde está sendo atendido por dois médicos paquistaneses.
Fisk disse que consegue entender a raiva da multidão. "Eu descobri depois que na vila estão muitos refugiados afegãos, cujos parentes foram assassinados na semana passada durante o ataque americano a Candahar", afirmou.
"Não é desculpa para eles terem me batido tanto, mas existiu um motivo para eles odiarem tanto uma pessoa do Ocidente."
"Eu não quero que isso seja visto como uma multidão muçulmana linchando sem razão um ocidental. Eles tinham todos os motivos de estarem com raiva. Eu tenho sido abertamente crítico em relação às ações dos Estados Unidos. Se eu fosse eles, eu teria me atacado", afirmou Fisk.
"Eu tenho trabalhado no Oriente Médio há vários anos. Essa é uma zona de guerra e às vezes você tem de apenas aceitar que essas coisas acontecem", declarou.
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