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França vive 3º dia de caos nos transportes, mas adesão à greve cai
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da Efe, em Paris
Milhões de pessoas na França continuam enfrentando, nesta sexta-feira (16), muitos problemas devido ao terceiro dia consecutivo de greve no transporte público, apesar do enfraquecimento do protesto.
A greve contra a reforma dos regimes especiais de previdência mais uma vez afeta principalmente as companhias SNCF, de ferrovias, e RATP, do transporte metropolitano de Paris. Mas o número de grevistas é menor que o dos dias anteriores, de acordo com os primeiros relatórios da diretoria das duas empresas.
A SNCF só programou 250 trens de alta velocidade nesta sexta, dos 700 de um dia normal, além de 20% dos trens de longo percurso e um terço dos regionais.
Segundo a RATP, nesta manhã circulavam em torno de 20% dos trens de metrô. Mas algumas linhas ficaram completamente paradas nas primeiras horas de serviço. Cerca de 30% dos ônibus da região e dos trens locais estão circulando, mas a situação varia muito de uma linha para outra.
Tráfego
Como nos dias anteriores, a conseqüência é um tráfego muito mais intenso na capital francesa e em toda a sua região, com 240 quilômetros de retenções às 7h30 (4h30 de Brasília).
A greve tende a continuar. Nesta quinta-feira (15) a direção dos sindicatos pediu que as assembléias gerais votem a continuação do movimento até este sábado.
As centrais pretendem assim forçar o governo a estabelecer uma negociação nas empresas, conforme um consenso aparentemente atingido na quarta-feira (14).
Nesta sexta, o diretor da CGT (Confederação Geral do Trabalho) na SNCF, Didier Le Reste, justificou a reivindicação, dizendo que "é preciso dar mais visibilidade" aos temas em discussão, além de garantias de que alguns pontos entrarão na agenda.
Sindicato
Em entrevista à emissora "France Info", Le Reste negou que as bases tenham abandonado o movimento na quinta. A estratégia das direções dos sindicatos mudou conforme as assembléias de grevistas se pronunciavam a favor de manter a greve, afirmou.
O ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, tinha exigido na quinta o fim do protesto para abrir negociações.
A greve é uma reação contra a reforma dos regimes especiais de previdência, que beneficia cerca de 500 mil trabalhadores na SNCF, na RATP, nas empresas públicas de energia (EDF e GDF) e nos cartórios.
O governo quer aumentar o período de contribuição para a aposentadoria dos atuais 37,5 anos para 40.
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