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12/12/2001 - 09h16

França oferece defesa a acusado de atentados

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da Folha Online

A França dará proteção consular a Zacarias Moussaoui, 33, cidadão francês de origem marroquina processado nos EUA pelos atentados terroristas de 11 de setembro, disse hoje a ministra da Justiça francesa, Marylise Lebranchu.

O detento "se beneficiará da proteção consular francesa para garantir os direitos de defesa", disse Marylise, que afirmou ainda que seu país não aceita "a pena de morte nem em tribunais especiais".

A mãe de Moussaoui, Aicha, que mora em Narbona (sul da França), afirmou ter esperanças de que o acusado "terá a possibilidade de se defender".

"Dizem que tem provas de que ele pertencia a esse grupo terrorista. Mas Zacarias já me alertava em sua carta [escrita na prisão] que iam fabricar provas e apresentar testemunhas contra ele", disse Aicha ao jormal francês "Le Parisien".

"Nesse caso, o que você pode fazer para provar o contrário? Meu filho diz que ele também tem provas [da sua inocência]. Espero que ele tenha chance de se defender", afirmou.

Moussaoui foi detido no dia 17 de agosto, quase um mês antes dos ataques terroristas, por supostas violações das leis de imigração, após denúncia de uma escola de aviação de Minnesota que alertara a polícia sobre "esse curioso aluno que não queria aprender a decolar ou aterrissar".

Quatro das seis acusações contra Moussaoui em relação aos atentados são punidas com a pena de morte, disse o ministro da Justiça dos EUA, John Ashcroft.

Depois dos acontecimentos de 11 de setembro, Moussaoui foi enviado para Nova York para ser interrogado como testemunha, no caso dos ataques.

"Eles são capazes de tudo", disse sua mãe, referindo-se às autoridades da Justiça dos EUA. "Eles o mantiveram na prisão até agora sem, na verdade, acusá-lo de nada."

O ministro da Justiça dos EUA, John Aschcroft, disse ontem que o indiciamento de Moussaoui o acusa de conspiração para atos de terrorismo, pirataria aérea, destruição de aeronaves, uso de armas de destruição de massa, assassinato de funcionários dos EUA e destruição de propriedades.

Ele será julgado num tribunal federal e não em um militar, como havia sido sugerido pelo presidente George W. Bush para os estrangeiros suspeitos de envolvimento nos ataques.



  • Com agências internacionais

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