Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/11/2007 - 17h10

Desabamento de ponte revela desespero de desabrigados em Bangladesh

Publicidade

da Folha Online

Uma ponte desabou neste sábado em Bangladesh enquanto sobreviventes do ciclone Sidr --que devastou o sul do país na semana passada-- tentavam atravessá-la para chegar a um centro de ajuda humanitária.

Ao menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, segundo a imprensa local. Outras 20 pessoas ainda estariam desaparecidas.

O acidente ocorreu no distrito de Patuakhali, fortemente atingido pelo Sidr.

Segundo o jornal bengali "Daily Star", em sua versão digital, a ponte desabou sob o peso de cerca de 500 desabrigados que se dirigiam a um centro de distribuição de comida.

As equipes de resgate empregaram um guindaste para remover o bloco de concreto que despencou de uma altura de cerca de nove metros. A intenção era encontrar pessoas que pudessem estar embaixo dos escombros.

O desabamento da ponte indica o desespero que toma conta dos desabrigados, enquanto as equipes de assistência humanitária começam a alcançar as áreas mais castigadas pelo ciclone.

Ashraful Zaman, ligado ao escritório de gerenciamento de desastres, disse que a corrida dos desabrigados através da ponte foi motivada por um anúncio de doação de comida.

O anúncio foi feito sem aviso às autoridades locais.

Mamun Ali, 8, esperava por seu pai quando este atravessou a ponte em busca de comida para a família. Em estado precário, a estrutura cedeu.

No meio do caos, Mamun viu a equipe de resgate ajudando seu pai, que saiu ferido do acidente.

Comida, água e remédios são as principais carências da população desabrigada pelo ciclone, que matou ao menos 3.200 pessoas em sua passagem por Bangladesh.

A ajuda humanitária ao país deve chegar a US$ 500 milhões, incluindo US$ 250 milhões do Banco Mundial.

As autoridades ficaram de distribuir 15 quilos de comida por mês para cada um dos cerca de 2,5 milhões de pessoas que ficaram desabrigadas. O programa deve durar quatro meses.

Porém, o Sidr destruiu também mais da metade das plantações de arroz nas áreas afetadas, o que pode levar à fome 3 milhões de habitantes.

Com France Presse, Associated Press e Reuters

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página