Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/11/2007 - 07h40

Abstenção e fraude devem marcar eleições argelinas nesta quinta

Publicidade

da Efe, em Argel

A Argélia realiza nesta quinta-feira eleições locais e regionais, mas, de acordo com a oposição, a abstenção e a fraude serão os fatores dominantes apesar das promessas de transparência do governo.

Os 18 milhões de eleitores deverão renovar os conselhos das 1.541 prefeituras e as assembléias das 48 Províncias do país. Estão inscritos candidatos de 23 partidos e várias listas independentes. A votação começou às 8h do horário local (5h de Brasília).

Nas eleições de outubro de 2002, o partido mais votado foi o conservador Frente de Libertação Nacional (FLN), que assumiu o controle de 668 municípios e 43 assembléias provinciais. A vitória esmagadora pode se repetir agora, segundo as previsões da imprensa.

Há quatro anos, a abstenção chegou a 49,89% dos eleitores inscritos. Desta vez as previsões são de pelo menos 60%. Nas eleições legislativas de maio, o índice ficou em 64,33%.

A morna campanha eleitoral parece confirmar que os argelinos não parecem interessados em ir às urnas. Muitos deles consideram que a apuração vai ser irregular, com a vitória do FLN já anunciada.

No fundo, o eleitorado argelino não acredita na virtude das urnas. Desde que o país obteve a independência, em 1962, todas as consultas eleitorais foram "cozinhadas" nos corredores do poder político, segundo a opinião geral.

A única exceção foi a vitória da hoje proscrita Frente Islâmica de Salvação (FIS) sobre o FLN, em 1990. Com o partido oficialmente ilegalizado, seus dirigentes, como o imame Ali Benhach, proclamaram que "de nada adianta votar sob um sistema corrupto".

Desta vez, porém, nenhum partido defendeu a abstenção. Mesmo a Frente das Forças Socialistas (FFS) e o Agrupamento para a Cultura e a Democracia (RCD), da região da Cabília, decidiram disputar as eleições. Mas temem fraudes na apuração.

Até o jornal governamental "El Mudhajid" reconheceu que "os cidadãos não acreditam mais em nada".

"Os vereadores e conselheiros têm a reputação de embusteiros que só pensam em seus interesses particulares", diz o órgão do governo.

As enquetes nos bairros populares da capital argelina apontam para uma alta abstenção.

A imprensa, em sua maioria, destaca que as eleições não vão acabar com a miséria de uma grande parte da população, num país que dispõe atualmente de reservas de US$ 100 bilhões graças aos altos preços do petróleo.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página