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02/12/2007 - 03h04

Jornalistas reunidos no México temem aumento da censura na internet

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da Efe, em Guadalajara

Um grupo de jornalistas advertiu sobre os riscos que o jornalismo enfrenta com o refinamento da censura na internet e a aplicação de determinadas tecnologias de publicidade para controlar a informação.

Quatro jornalistas de Egito, Colômbia e Panamá participaram de uma mesa intitulada "Censura e Liberdade de Expressão na Nova Mídia", que aconteceu durante o 3º Encontro Internacional de Jornalistas dentro da 221ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL).

"O problema da internet é que existe uma legislação muito ambígua. Em países onde existem leis sobre internet apareceram novas censuras", disse o panamenho Luis Botello, representante do Centro Internacional para Jornalistas (ICJ).

Entre os países mais fechados à rede mencionou Cuba, China e Mianmar.

Botello afirmou que começou a ser utilizado um tipo de tecnologia conhecido como "geo-targeting", que fornece diferentes anúncios pela internet dependendo da região onde o usuário se encontra, com o propósito de rentabilizar ao máximo a despesa publicitária.

Aplicada na informação, essa tecnologia permitiria à imprensa evitar que certos artigos fossem publicados em determinados países para evitar possíveis problemas legais.

O colombiano Javier Darío Restrepo, especialista em ética jornalística, afirmou que a "internet não faz ninguém livre", mas cada um tem a possibilidade de fazer da rede "um instrumento de liberdade", dependendo de como a utiliza.

O egípcio Wael Abbas, vencedor do Knight International Journalism Award este ano, comentou aspectos da informação divulgada através de blogs em seu país, onde apareceram notícias relevantes de temas que normalmente tinham sido ignorados pelos meios de comunicação de massa.

A editora Rebeca Cabrales, da Colômbia, relatou sua experiência com blogs e os modelos que facilitam a interação entre mídia e leitores pela internet, onde os usuários "não ficam calados diante da omissão de toda a verdade e reagem".

Além disso, diferenciou a censura, que "se ampara em regras emitidas no último momento", da moderação, que "responde aos parâmetros de um código previamente aceito e garante o contínuo discorrer de idéias".

 

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