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02/01/2002
-
09h13
da France Presse, em Katmandu (Nepal)
A cidade de Katmandu (capital do Nepal) estará em estado de sítio durante a reunião de cúpula dos países do Sudeste asiático, que acontece neste final de semana, quando se encontrarão os vizinhos e adversários Índia e Paquistão.
De sexta a domingo, poderão ser vistos homens armados nas ruas durante todas as horas. A circulação será reduzida e haverá helicópteros que sobrevoarão as comitivas oficiais dos participantes no encontro de cúpula da Associação do Sudeste Asiático para a Cooperação Regional (SAARC, sigla em inglês), integrada por sete países.
O rei Gyanendra e o príncipe herdeiro inspecionaram os locais estratégicos da reunião, na qual participará o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, e o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, cujos respectivos países protagonizam uma tensa situação em Caxemira.
Soldados e policiais patrulham as ruas de Katmandu desde a segunda-feira, quatro dias antes da chegada dos chefes de Estado e de governo.
A crise entre a Índia e o Paquistão dominará o encontro, com possíveis negociações entre as duas potências nucleares, que iniciaram momentos de tensão depois do ataque ao Parlamento indiano, com saldo de 14 mortos.
Entretanto, para o Nepal, a primeira preocupação continua sendo a revolta maoísta que rompeu o cessar-fogo em novembro passado, depois de quatro meses de trégua.
A violência provocou centenas de mortos e um estado de emergência no reino que já tinha sido abalado pelo assassinato do rei Birendra e pela matança de boa parte de sua família nas mãos do príncipe herdeiro em junho de 2001.
"O governo confiou a segurança ao Exército e à polícia especial para evitar qualquer ato de terrorismo dos maoístas durante os três dias da reunião", expressou o porta-voz do Ministério do Interior do Nepal, Gopendra Bahadur Pandey.
Embora a violência de um modo geral tenha se manifestado fora de Katmandu, as forças de segurança vigiam todas as entradas da capital desde o começo da semana.
Os acessos foram limitados em torno do aeroporto internacional de Tribhuvan e no centro de conferências Birendra, onde se realizará a reunião.
Para poder garantir melhor a segurança, o governo chegou inclusive a demolir algumas casas nas ruas próximas ao centro de conferências e os moradores do setor receberam ordem de declarar nomes de visitantes ou inquilinos.
Várias pessoas foram detidas para interrogatório. Segundo Pandey, são suspeitas de participar da rebelião maoísta e não tem relação com o conflito indo-paquistanês.
A circulação de veículos também foi restrita e os automóveis estão autorizados a circular alternativamente a cada dois dias, seguindo rodízio.
Todos os nepaleses que chegam à capital a partir das 22h são revistados, assim como suas bagagens.
A 11ª reunião de cúpula da SAARC deveria ter sido realizada em 1999, mas foi cancelada depois do golpe de Estado que marcou a chegada ao poder do general Musharraf ao Paquistão.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Katmandu ficará em estado de sítio durante reunião de cúpula
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A cidade de Katmandu (capital do Nepal) estará em estado de sítio durante a reunião de cúpula dos países do Sudeste asiático, que acontece neste final de semana, quando se encontrarão os vizinhos e adversários Índia e Paquistão.
De sexta a domingo, poderão ser vistos homens armados nas ruas durante todas as horas. A circulação será reduzida e haverá helicópteros que sobrevoarão as comitivas oficiais dos participantes no encontro de cúpula da Associação do Sudeste Asiático para a Cooperação Regional (SAARC, sigla em inglês), integrada por sete países.
O rei Gyanendra e o príncipe herdeiro inspecionaram os locais estratégicos da reunião, na qual participará o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, e o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, cujos respectivos países protagonizam uma tensa situação em Caxemira.
Soldados e policiais patrulham as ruas de Katmandu desde a segunda-feira, quatro dias antes da chegada dos chefes de Estado e de governo.
A crise entre a Índia e o Paquistão dominará o encontro, com possíveis negociações entre as duas potências nucleares, que iniciaram momentos de tensão depois do ataque ao Parlamento indiano, com saldo de 14 mortos.
Entretanto, para o Nepal, a primeira preocupação continua sendo a revolta maoísta que rompeu o cessar-fogo em novembro passado, depois de quatro meses de trégua.
A violência provocou centenas de mortos e um estado de emergência no reino que já tinha sido abalado pelo assassinato do rei Birendra e pela matança de boa parte de sua família nas mãos do príncipe herdeiro em junho de 2001.
"O governo confiou a segurança ao Exército e à polícia especial para evitar qualquer ato de terrorismo dos maoístas durante os três dias da reunião", expressou o porta-voz do Ministério do Interior do Nepal, Gopendra Bahadur Pandey.
Embora a violência de um modo geral tenha se manifestado fora de Katmandu, as forças de segurança vigiam todas as entradas da capital desde o começo da semana.
Os acessos foram limitados em torno do aeroporto internacional de Tribhuvan e no centro de conferências Birendra, onde se realizará a reunião.
Para poder garantir melhor a segurança, o governo chegou inclusive a demolir algumas casas nas ruas próximas ao centro de conferências e os moradores do setor receberam ordem de declarar nomes de visitantes ou inquilinos.
Várias pessoas foram detidas para interrogatório. Segundo Pandey, são suspeitas de participar da rebelião maoísta e não tem relação com o conflito indo-paquistanês.
A circulação de veículos também foi restrita e os automóveis estão autorizados a circular alternativamente a cada dois dias, seguindo rodízio.
Todos os nepaleses que chegam à capital a partir das 22h são revistados, assim como suas bagagens.
A 11ª reunião de cúpula da SAARC deveria ter sido realizada em 1999, mas foi cancelada depois do golpe de Estado que marcou a chegada ao poder do general Musharraf ao Paquistão.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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