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03/01/2002
-
05h53
da Folha de S.Paulo
Zacarias Moussaoui, 33, a primeira pessoa acusada formalmente pelos ataques terroristas de 11 de setembro nos EUA, recusou-se ontem a se declarar inocente ou culpado durante audiência preliminar na cidade de Alexandria, no Estado da Virgínia. A juíza encarregada do processo apresentou uma declaração de inocência em nome do acusado.
"Em nome de Allah, não tenho nada a declarar e não faço declaração. Muito obrigado", disse Moussaoui à juíza Leonie Brinkema, que fixou a data de 14 de outubro para o início do julgamento.
A defesa tentou mudar a data do julgamento por ser muito próxima do primeiro aniversário dos ataques, quando se espera grande clamor público contra os atentados e contra o próprio Moussaoui. Mas a juíza refutou o argumento dizendo estar convencida de que os jurados não serão influenciados por pressão externa. Ela também rechaçou o argumento de que os advogados de Moussaoui teriam pouco tempo para preparar a defesa.
Moussaoui é acusado de conspirar com Osama bin Laden, o líder da rede Al Qaeda, para atacar os EUA. Ele também responderá a acusações de homicídio, atos de terrorismo, pirataria aérea, destruição de aeronaves, destruição de propriedades e uso de aviões como armas de destruição em massa. Se considerado culpado, Moussaoui poderá ser condenado à pena de morte. Os procuradores tem até o dia 29 de março para decidir se pedirão a pena capital.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Moussaoui esteve engajado "nos mesmos preparativos para matar" realizados pelos terroristas que atacaram os EUA. Uma das teorias é a de que ele seria o 20º terrorista, aquele que deveria estar a bordo do avião que caiu na Pensilvânia, o único com apenas quatro homens. Os outros três aviões usados nos ataques tinham cinco sequestradores, segundo os EUA. O franco-marroquino só não participou da operação, segundo os EUA, porque havia sido preso em Minnesota, um mês antes, por irregularidades em sua documentação.
Moussaoui causou suspeitas ao se inscrever num curso de pilotagem de jumbos. Ele não queria aprender a decolar ou a pousar -queria apenas comandar o avião no ar- e ofereceu US$ 8 mil à escola por esse privilégio.
Os EUA dizem que o franco-marroquino recebeu dinheiro da Al Qaeda e tinha vínculos com o terrorista Mohamed Atta, considerado o líder dos sequestradores e com quem Moussaoui dividiu um apartamento na Alemanha.
A mãe do acusado, Aicha el-Wafi, que não esteve na audiência de ontem "para não perturbar" o filho, disse na semana passada que Moussaoui pode comprovar a própria inocência.
Com agências internacionais
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Zacarias Moussaoui, 33, a primeira pessoa acusada formalmente pelos ataques terroristas de 11 de setembro nos EUA, recusou-se ontem a se declarar inocente ou culpado durante audiência preliminar na cidade de Alexandria, no Estado da Virgínia. A juíza encarregada do processo apresentou uma declaração de inocência em nome do acusado.
"Em nome de Allah, não tenho nada a declarar e não faço declaração. Muito obrigado", disse Moussaoui à juíza Leonie Brinkema, que fixou a data de 14 de outubro para o início do julgamento.
A defesa tentou mudar a data do julgamento por ser muito próxima do primeiro aniversário dos ataques, quando se espera grande clamor público contra os atentados e contra o próprio Moussaoui. Mas a juíza refutou o argumento dizendo estar convencida de que os jurados não serão influenciados por pressão externa. Ela também rechaçou o argumento de que os advogados de Moussaoui teriam pouco tempo para preparar a defesa.
Moussaoui é acusado de conspirar com Osama bin Laden, o líder da rede Al Qaeda, para atacar os EUA. Ele também responderá a acusações de homicídio, atos de terrorismo, pirataria aérea, destruição de aeronaves, destruição de propriedades e uso de aviões como armas de destruição em massa. Se considerado culpado, Moussaoui poderá ser condenado à pena de morte. Os procuradores tem até o dia 29 de março para decidir se pedirão a pena capital.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Moussaoui esteve engajado "nos mesmos preparativos para matar" realizados pelos terroristas que atacaram os EUA. Uma das teorias é a de que ele seria o 20º terrorista, aquele que deveria estar a bordo do avião que caiu na Pensilvânia, o único com apenas quatro homens. Os outros três aviões usados nos ataques tinham cinco sequestradores, segundo os EUA. O franco-marroquino só não participou da operação, segundo os EUA, porque havia sido preso em Minnesota, um mês antes, por irregularidades em sua documentação.
Moussaoui causou suspeitas ao se inscrever num curso de pilotagem de jumbos. Ele não queria aprender a decolar ou a pousar -queria apenas comandar o avião no ar- e ofereceu US$ 8 mil à escola por esse privilégio.
Os EUA dizem que o franco-marroquino recebeu dinheiro da Al Qaeda e tinha vínculos com o terrorista Mohamed Atta, considerado o líder dos sequestradores e com quem Moussaoui dividiu um apartamento na Alemanha.
A mãe do acusado, Aicha el-Wafi, que não esteve na audiência de ontem "para não perturbar" o filho, disse na semana passada que Moussaoui pode comprovar a própria inocência.
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