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08/01/2002
-
09h49
da France Presse, em Nova Déli
A tensão militar entre Índia e Paquistão não deu sinais de apaziguamento, apesar das reuniões de todo tipo entre os dirigentes desses dois países rivais, ambos dotados com a arma nuclear, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
Embora as duas partes insistam em que não querem uma guerra, seus Exércitos continuam mantendo um tenso confronto na fronteira, onde se registraram numerosos tiroteios, todos com o potencial de desencadear uma escalada do conflito.
No âmbito diplomático, se registraram alguns sinais de distensão, em comparação com a retórica belicosa posterior ao ataque contra o Parlamento indiano, no dia 13 de dezembro passado, que deixou um saldo de 14 mortos e desencadeou a atual crise.
A Índia acusou grupos radicais islâmicos baseados no Paquistão e pediu a Islamabad a adoção de medidas severas contra esses grupos, entregando-lhe uma lista de 20 "criminosos" que precisaria deter e extraditar.
O primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, e o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, se reuniram informalmente durante o final de semana em uma cúpula regional asiática realizada no Nepal.
Embora as duas partes tenham definido de maneira diferente a natureza e o conteúdo desta negociação, o próprio fato de ter acontecido foi considerado como um avanço positivo, mesmo sem oferecer uma saída para o atoleiro atual.
"Não houve nenhuma diminuição dos dispositivos militares em nenhum lado e o risco de um confronto continua sendo grande", disse Pran Chopra, analista político de Nova Déli. "Mas há menos tensão e ansiedade nos ânimos."
Na semana posterior ao 13 de dezembro, alguns militaristas do governo nacionalista hindu liderado por Vajpayee pediram uma resposta militar, com ataques contra supostos campos de treinamento islamitas na Caxemira.
Essas vozes se calaram depois em meio a uma intensa pressão internacional sobre o Paquistão para que atuasse contra os grupos islamitas e sobre a Índia para que tentasse avançar a um diálogo político.
"Não creio que a situação tenha melhorado. Mas acho que há uma forma de fazê-lo e estamos trabalhando duro para convencer indianos e paquistaneses de que há uma maneira de resolver seus problemas sem ir à guerra", declarou ontem o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Mas o caminho para o fim da tensão é tortuoso, após mais de meio século de desconfiança, que já deu lugar a três guerras entre estes dois países vizinhos.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Índia e Paquistão não avançam diálogo
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A tensão militar entre Índia e Paquistão não deu sinais de apaziguamento, apesar das reuniões de todo tipo entre os dirigentes desses dois países rivais, ambos dotados com a arma nuclear, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
Embora as duas partes insistam em que não querem uma guerra, seus Exércitos continuam mantendo um tenso confronto na fronteira, onde se registraram numerosos tiroteios, todos com o potencial de desencadear uma escalada do conflito.
No âmbito diplomático, se registraram alguns sinais de distensão, em comparação com a retórica belicosa posterior ao ataque contra o Parlamento indiano, no dia 13 de dezembro passado, que deixou um saldo de 14 mortos e desencadeou a atual crise.
A Índia acusou grupos radicais islâmicos baseados no Paquistão e pediu a Islamabad a adoção de medidas severas contra esses grupos, entregando-lhe uma lista de 20 "criminosos" que precisaria deter e extraditar.
O primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, e o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, se reuniram informalmente durante o final de semana em uma cúpula regional asiática realizada no Nepal.
Embora as duas partes tenham definido de maneira diferente a natureza e o conteúdo desta negociação, o próprio fato de ter acontecido foi considerado como um avanço positivo, mesmo sem oferecer uma saída para o atoleiro atual.
"Não houve nenhuma diminuição dos dispositivos militares em nenhum lado e o risco de um confronto continua sendo grande", disse Pran Chopra, analista político de Nova Déli. "Mas há menos tensão e ansiedade nos ânimos."
Na semana posterior ao 13 de dezembro, alguns militaristas do governo nacionalista hindu liderado por Vajpayee pediram uma resposta militar, com ataques contra supostos campos de treinamento islamitas na Caxemira.
Essas vozes se calaram depois em meio a uma intensa pressão internacional sobre o Paquistão para que atuasse contra os grupos islamitas e sobre a Índia para que tentasse avançar a um diálogo político.
"Não creio que a situação tenha melhorado. Mas acho que há uma forma de fazê-lo e estamos trabalhando duro para convencer indianos e paquistaneses de que há uma maneira de resolver seus problemas sem ir à guerra", declarou ontem o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Mas o caminho para o fim da tensão é tortuoso, após mais de meio século de desconfiança, que já deu lugar a três guerras entre estes dois países vizinhos.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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