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Néstor Kirchner chama funcionário norte-americano de "lamentável"
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da Folha Online
O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner voltou a atacar os Estados Unidos nesta quarta-feira pelos desdobramentos do caso da mala, e chamou de "funcionário lamentável" o ex-subsecretário de Estado americano para a América Latina, Roger Noriega.
Kirchner, que há nove dias entregou a presidência argentina à sua mulher, Cristina, acusou Noriega de impôr obstáculos à integração latino-americana.
"O caso Guantánamo deixou nervosos certos funcionários lamentáveis como Noriega, que não fez mais que colocar pedras no caminho, já que sempre esteve contra a integração da América Latina", disse o ex-presidente num discurso a prefeitos.
Kirchner convidou os argentinos a "defender e a ajudar" o novo governo liderado por sua esposa. Ele definiu como uma "operação lixo" os desdobramentos que teve nos EUA o caso da mala.
A polêmica entre os dois países foi provocada pela suspeita do FBI e da Promotoria dos EUA de que os US$ 800 mil confiscados em agosto de um empresário venezuelano em Buenos Aires estavam destinados à campanha eleitoral da atual presidente argentina, Cristina Kirchner.
A aparição pública de Kirchner nesta quarta-feira foi a segunda desde que deixou a chefia do Estado, em 10 de dezembro.
Relações
Ontem, o ex-presidente afirmou que as relações com os EUA "não são boas". Além disso, exigiu a "entrega" de Wilson, reclamado pela Justiça argentina por lavagem de dinheiro e pela tentativa de entrar ilegalmente no país com uma alta quantia em espécie.
Kirchner classificou como "uma vergonha" o processo judicial aberto em Miami contra três venezuelanos e um uruguaio acusados de formação de quadrilha e de atuar como agentes a serviço da Venezuela e parceiros de Wilson.
"Nós, argentinos, estamos sendo manipulados por um bando de mafiosos. A Argentina não é uma colônia, é um país, e tem de ser respeitada", disse o ex-presidente.
Com Efe
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