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Representante palestino cancela visita a Egito
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da Efe, em Ramallah
O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, cancelou uma visita que faria ao Egito, devido a uma operação militar israelense na cidade de Nablus que deixou 38 pessoas feridas, informou seu escritório.
O Exército israelense, cujas operações entraram neste sábado no quarto dia, impôs toque de recolher na fortaleza da cidade, onde deteve 20 palestinos e esta manhã descobriu um segundo laboratório de explosivos, segundo fontes militares.
Artífices militares desmantelaram as instalações do laboratório e detonaram os explosivos, informou o escritório. Os soldados procuraram os integrantes do grupo porta a porta, relataram testemunhas.
"É evidente que a agressão israelense tem por objetivo derrotar os esforços do governo palestino para restabelecer a ordem e a estabilidade nas cidades da Cisjordânia", disse uma fonte do escritório de Fayyad à agência de notícias palestina Ma'an, com sede em Belém.
O primeiro-ministro devia participar de uma conferência de ministros árabes de Assuntos Exteriores.
Na última quarta-feira (2), o Exército israelense iniciou suas operações na populosa localidade de Nablus, norte da Cisjordânia, e deteve pelo menos 13 palestinos supostamente ligados a algum movimento na fortaleza e em outros pontos do centro da cidade.
O porta-voz militar informou que, durante a operação, os soldados também descobriram em uma oficina clandestina a montagem de dois foguetes do tipo Qassam, como os que foram disparados pelos rebeldes de Gaza contra o sul de Israel.
O desenvolvimento dos foguetes, disseram fontes militares, estava em uma etapa inicial, e não operacional.
Até o momento, os palestinos não tiveram acesso a foguetes com os quais poderiam acertar dezenas de centros urbanos no território israelense, atirando da Cisjordânia.
"A ação militar israelense [em Nablus] também tem por objetivo dar uma má impressão e criar um clima ruim no governo palestino já que conseguiu um grande sucesso".
A fonte palestina se refere à conquista das forças de segurança dedicadas a impor a ordem e tirar das ruas de Nablus os grupos armados que operavam na cidade.
"Israel distorceu nos últimos anos a imagem do governo palestino para dar a impressão ao mundo de que é incapaz para controlar os territórios palestinos, que às vezes sofrem com o caos, a anarquia, e a corrupção", disse o funcionário.
"Israel nunca aceitou a confiança da comunidade internacional no governo liderado por Salam Fayyad e sua habilidade de manter a segurança e promover o desenvolvimento, de modo que esta nova operação em Nablus tente prejudicar essa imagem", afirmou.
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