Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/01/2002 - 17h48

Papa rezará pela paz no mundo com mais 200 líderes religiosos

Publicidade

da France Presse, no Vaticano

O papa João Paulo 2°, junto de 200 líderes de diversas religiões, presidirá na quinta-feira (24) duas importantes e incomuns cerimônias religiosas em Assis (centro da Itália), para rezar pela paz no mundo e repudiar a guerra e o terrorismo.

O papa, que partirá nesse mesmo dia, de trem, com seus convidados da estação do Vaticano para a pequena cidade, anunciou no domingo passado que fará um apelo ao mundo para que o nome de Deus não seja "instrumentalizado" e as religiões sejam principalmente "um fato de solidariedade e paz".

Depois dos atentados de 11 de setembro passado nos Estados Unidos, e "ante o risco de novos conflitos", o papa decidiu convocar uma cúpula inter-religiosa de oração, na qual participarão líderes das onze maiores religiões do mundo, representando boa parte da humanidade.

"A jornada de oração pela paz em Assis não quer gerar o sincretismo religioso, o que une os participantes é a certeza de que a paz é um dom de Deus", afirmou o papa.

Em Assis será repetida a experiência de 27 de outubro de 1986, quando pela primeira vez se reuniram na cidade de São Francisco representantes das distintas religiões do mundo para "implorar pela paz" e contra a ameaça nuclear.

"Nunca mais violência, nunca mais guerra, nunca mais terrorismo, que toda a religião leve em nome de Deus a Justiça e a paz, o perdão, a vida e o amor à terra", dirá o papa na quinta-feira ao abrir a cerimônia na qual as religiões se comprometerão a não usar o nome de Deus com a finalidade da guerra.
O comboio ferroviário, acompanhado por seguranças no ar, com helicópteros, e no interior, pelos serviços secretos italianos, levará o papa e seus convidados a uma peregrinação marcada pelo desejo de enviar uma mensagem de paz e esperança.

Participarão vinte patriarcas e representantes de patriarcas ortodoxos, entre os quais Pitirim, vigário patricarcal de Moscou e número dois da maior igreja ortodoxa do mundo.

Uma dezena de rabinos, certa de trinta grandes muftis, xeiques e personalidades islâmicas, inclusive um príncipe jordaniano, assim como 20 representantes dos cristãos não-católicos do ocidente, participarão das duas cerimônias que acontecerão na frente da basília inferior de são Francisco.

Monges budistas, xintoístas, representantes dos hinduístas, das religiões tradicionais africanas e dos zoroástricos rezarão a sua maneira, de forma privada e de acordo com seus próprios ritos, junto com os prelados, bispos e cardeais de países marcados por graves conflitos, como Colômbia, Argélia, filipinas, Sudão e Espanha.

O papa será recebido em Assis pelo chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, que também vai participar da cerimônia de oração pela paz.

Os líderes religiosos rezarão primeiro, segundo suas próprias crenças, na basílica de São Francisco e nas diversas salas do convento, de onde serão retirados os símbolos cristãos.

Depois de um almoço, os líderes religiosos participarão, junto com o papa, de um segundo encontro, na mesma praça.

O presidente da República italiana, Carlo Azeglio Ciampi, é o único chefe de Estado convidado à cerimônia, que será acompanhada por mais de 700 jornalistas e transmitida diretamente pela televisão pública italiana, Rai, assim como por vários canais de televisão internacionais.

Leia mais no especial João Paulo 2º
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade