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24/01/2002
-
07h24
da Folha Online
A explosão de uma bomba matou hoje o ex-ministro libanês Elie Hobeika, líder de uma milícia pró-Israel envolvida no massacre de refugiados palestinos em Beirute, em 1982.
O automóvel explodiu às 9h30 locais (5h30 de Brasília), quando Hobeika saía de casa, no distrito de Hazmiyeh, em Beirute, em companhia de outras três pessoas. As causas da explosão ainda não foram determinadas.
De acordo com fontes libanesas, além dos quatro mortos, a explosão deixou pelo menos três feridos.
Hobeika comandava a milícia Forças Cristãs Libanesas, suspeita de ser responsável pelo assassinato de centenas de refugiados palestinos nos campos de Sabra e Shatila, em Beirute, depois da invasão de Israel ao Líbano, em 1982.
Durante o massacre, tropas israelenses cercaram os campos de refugiados.
Baseado no ataque, um grupo de palestinos tenta agora levar o premiê israelense, Ariel Sharon, a ser julgado por crimes de guerra. O primeiro-ministro, então ministro da Defesa de Israel, liderou a invasão de tropas israelenses ao Líbano.
Hobeika, que sempre negou a responsabilidade do ataque, disse em julho passado que gostaria de participar do julgamento de Sharon. Segundo o libanês, o processo judicial ajudaria a provar sua própria inocência.
Grupos palestinos prometeram várias vezes que se vingariam pelo ataque aos campos de refugiados, em Beirute, que deixou entre 800 e 1.000 civis palestinos mortos, em 1982.
Histórico
Nascido em 1957, Hobeika era odiado em vários setores políticos do Líbano, inclusive entre os católicos, que o consideram um traidor por ter apoiado a Síria durante uma parte da guerra civil que devastou o país entre 1975 e 1990.
Um ano e meio depois do assassinato do fundador das Forças Palestinas, Bechir Gemayel, em 1982, que assumiria a Presidência do Líbano, Hobeika abandonou sua aliança com Israel para aliar-se com a Síria.
Em junho de 1985, tentou sem sucesso opor-se ao novo chefe das Forças Libanesas, Samir Geagea, para ocupar a direção da poderosa milícia cristã.
Depois do fim da guerra civil, em 1990, ocupou vários cargos no governo libanês, como o de ministro de Recursos Naturais e de ministro do Trabalho, antes de dedicar-se aos negócios.
Leia mais:
Ex-ministro libanês queria depor sobre ataque a palestinos
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Explosão de carro mata ex-ministro libanês
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A explosão de uma bomba matou hoje o ex-ministro libanês Elie Hobeika, líder de uma milícia pró-Israel envolvida no massacre de refugiados palestinos em Beirute, em 1982.
O automóvel explodiu às 9h30 locais (5h30 de Brasília), quando Hobeika saía de casa, no distrito de Hazmiyeh, em Beirute, em companhia de outras três pessoas. As causas da explosão ainda não foram determinadas.
De acordo com fontes libanesas, além dos quatro mortos, a explosão deixou pelo menos três feridos.
Reuters |
Elie Hobeika, ex-ministro libanês morto hoje em um atentado |
Durante o massacre, tropas israelenses cercaram os campos de refugiados.
Baseado no ataque, um grupo de palestinos tenta agora levar o premiê israelense, Ariel Sharon, a ser julgado por crimes de guerra. O primeiro-ministro, então ministro da Defesa de Israel, liderou a invasão de tropas israelenses ao Líbano.
Hobeika, que sempre negou a responsabilidade do ataque, disse em julho passado que gostaria de participar do julgamento de Sharon. Segundo o libanês, o processo judicial ajudaria a provar sua própria inocência.
Grupos palestinos prometeram várias vezes que se vingariam pelo ataque aos campos de refugiados, em Beirute, que deixou entre 800 e 1.000 civis palestinos mortos, em 1982.
Histórico
Nascido em 1957, Hobeika era odiado em vários setores políticos do Líbano, inclusive entre os católicos, que o consideram um traidor por ter apoiado a Síria durante uma parte da guerra civil que devastou o país entre 1975 e 1990.
Um ano e meio depois do assassinato do fundador das Forças Palestinas, Bechir Gemayel, em 1982, que assumiria a Presidência do Líbano, Hobeika abandonou sua aliança com Israel para aliar-se com a Síria.
Em junho de 1985, tentou sem sucesso opor-se ao novo chefe das Forças Libanesas, Samir Geagea, para ocupar a direção da poderosa milícia cristã.
Depois do fim da guerra civil, em 1990, ocupou vários cargos no governo libanês, como o de ministro de Recursos Naturais e de ministro do Trabalho, antes de dedicar-se aos negócios.
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