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27/01/2002 - 17h06

Pela primeira vez, ataque em Israel foi cometido por uma mulher

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da France Presse

Pela primeira vez na história do conflito entre israelenses e palestinos, os grupos radicais palestinos mandaram uma mulher cometer um ataque suicida. O ataque ocorreu no centro de Jerusalém neste domingo e matou, além da terrorista, um israelense de 81 anos. Mais de cem pessoas ficaram feridas, ao menos três em estado grave.

A mulher conseguiu não chamar a atenção do forte esquema de segurança da região e detonar a bomba que trazia junto ao corpo na rua principal da cidade, a rua Jaffa.

A explosão ocorreu apenas a alguns metros da pizzaria Sbarro, onde um outro suicida do movimento islâmico Hamas matou 15 pessoas no dia 9 de agosto de 2001.

Na terça-feira passada, também num lugar próximo do ataque de hoje, um outro palestino abriu fogo contra a multidão, matando duas mulheres e ferindo 40 pessoas, antes de ser morto pela polícia.

Em Beirute, a televisão do movimento Hizbollah anunciou que a mulher era uma estudante da universidade Al Najah de Nablus (Cisjordania), de onde já saíram outros que cometeram ataques suicidas.

Morto
O israelense morto no ataque de hoje chama-se Pinhas Tokatli. Ele tinha 81 anos. Desde o início da nova intifada, em 28 de setembro de 2000, mil pessoas, entre palestinos e israelenses, morreram.

Israel culpou imediatamente a Autoridade Palestina, e seu presidente, Iasser Arafat, pelo novo ataque. "Arafat é o responsável porque incentiva os terroristas a cometer atos suicidas", afirmou Raanan Gisin, porta-voz do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon.

"Arafat é pessoalmente, individualmente e diretamente responsável, não tenho a menor dúvida", disse o prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert.

O atentado de hoje acontece dois dias depois de um outro ocorrido em Tel Aviv e que deixou 18 pessoas feridas. Esse ataque foi reivindicado conjuntamente pelos grupos Jihad Islâmico e um grupo armado vinculado à Fatah de Iasser Arafat, as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa.

A Autoridade Palestina condenou em um comunicado o atentado e pediu o regresso imediato à região do emissário norte-americano Anthony Zinni, para tentar colocar um fim na escalada da violência. Mas os EUA estão dispostos a romper de vez com Arafat e não mais mediar processos de paz.

Arafat segue confinado. Desde 3 de dezembro ele está cercado em seus escritórios em Ramala por tanques do Exército isralense.

E Israel impediu que ele viajasse para Bruxelas, onde participaria de uma reunião na segunda-feira.

Em Bruxelas, o alto representante para a política exterior da União Européia, Javier Solana, expressou sua condenação absoluta da violência.

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