Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/01/2008 - 08h57

Israel nega acordo com Hizbollah para obter restos de soldados

Publicidade

da Efe, em Jerusalém

Israel não negociará com o Hizbollah para conseguir a devolução dos restos de seus soldados e se centrará em obter a libertação dos militares Ehud Goldwasser e Eldad Regev, capturados em julho de 2006, disseram neste domingo (20) fontes governamentais e militares israelenses.

As fontes políticas israelenses, citadas pela imprensa local, expressaram sua consternação pelas declarações deste sábado (19) do líder da milícia xiita libanesa, o xeque Hassan Nasrallah, que assegurou que o Hizbollah tem em seu poder "cabeças, pernas e um corpo incompleto de soldados israelenses".

"Não há intenção de cooperar com Nasrallah. Não seremos parte deste negócio sujo de restos de soldados israelenses e não vamos negociar partes de corpos", asseguraram.

Fontes militares oficiais confirmaram que a milícia libanesa retém restos mortais de soldados do Exército israelense mortos durante o conflito contra o Hizbollah, entre julho e agosto de 2006.

Afirmaram também que os organismos de segurança já informaram a situação aos familiares dos militares, que poderiam se sentir afetados pelas declarações do Hizbollah.

Em um incomum comunicado divulgado no sábado à noite, o Exército israelense qualificou as palavras do xeque Nasrallah sobre os restos de corpos de soldados israelenses de "cínicas e cruéis".

O clérigo se referiu aos restos mortais dos soldados israelenses em discurso pronunciado diante de centenas de milhares de pessoas no sul de Beirute, por ocasião da festividade da Ashura, a principal dos muçulmanos xiitas.

Fontes militares acreditam que o líder do Hizbollah não se referia em suas afirmações a Ehud Goldwasser e a Eldad Regev, cujo seqüestro quando patrulhavam a zona fronteiriça desencadeou o conflito no qual perderam a vida mais de mil libaneses e 150 israelenses.

Em janeiro de 2004, o Estado judeu e o Hizbollah trocaram os restos de três soldados israelenses e um empresário com vida por 36 prisioneiros árabes --a maioria libaneses-- na Alemanha, pelos corpos de 59 guerrilheiros libaneses na fronteira com o Líbano e por 400 palestinos na Cisjordânia e Gaza.

Israel obteve assim os restos de três soldados que o Hizbollah tinha seqüestrado em outubro de 2000, em um ataque na fronteira comum.

Naquela ocasião, também foi colocado em liberdade pela milícia o empresário Elhanan Tennenbaum, capturado em um país do Golfo Pérsico, também em outubro de 2000.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página