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01/02/2002
-
10h47
LIGIA BRASLAUSKAS
da Folha Online
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse hoje que pedirá ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que boicote o líder palestino Iasser Arafat. A informação consta da entrevista de Sharon dada ao jornal israelense "Yediot Ahronot", publicada hoje.
Na entrevista, Sharon teria afirmado que na próxima semana, quando deve se encontrar com Bush, pedirá ao presidente norte-americano que "não mantenha contato com ele [Arafat]". Se Sharon for mesmo aos EUA, esta será a quarta vez que os dois líderes se encontram na Casa Branca no período de um ano. Até agora, o presidente dos EUA se negou a falar com Arafat.
Em outra entrevista publicada hoje pelo jornal israelense "Maariv", Sharon diz que não pretende mais eliminar Arafat, contradizendo uma declaração sua divulgada ontem pelo mesmo jornal, na qual disse que lamentava não ter liquidado o presidente da Autoridade Palestina em 1982, durante a Guerra do Líbano. Sharon comandou a invasão de 1982 -quando quase 20 mil pessoas foram mortas-, com o intuito de expulsar palestinos do território libanês.
"Há muitos anos que estou convencido de que Arafat é um terrorista, e não mudei de opinião", disse Sharon, reiterando que o líder palestino permanecerá confinado em Ramallah (Cisjordânia) enquanto não ceder às exigências israelenses. Arafat está proibido de sair de Ramallah desde o dia 3 de dezembro. Apesar da pressão da comunidade internacional, e até do papa João Paulo 2º, Sharon não permitiu que Arafat deixasse Ramallah nem para participar da Missa do Galo em Belém, no dia 24 de dezembro.
Israel afirma que o confinamento de Arafat em Ramallah está condicionado à captura e entrega a Israel dos palestinos acusados de serem os autores da morte do ministro do Turismo de Israel Rehavan Zeevi, assassinado em outubro do ano passado. Sharon disse mais de uma vez que acreditava que os responsáveis pelo crime estão em Ramallah.
Segurança
Paralelo às declarações confusas de Sharon, Israel mantém alertas de segurança em algumas regiões para tentar evitar ataques terroristas. O Exército de Israel está fechando o cerco para monitorar cada vez mais de perto as constantes ameaças de possíveis atentados na faixa de Gaza.
Um artefato explosivo foi encontrado hoje dentro de uma bolsa em um prédio em Tzur Hadassah, uma vila próxima à cidade de Belém. A polícia retirou todas as pessoas que estavam no prédio para poder desativar a bomba.
De acordo com a polícia de Israel, a bomba encontrada possuía características que demonstram que o explosivo foi deixado no local por um palestino.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Oriente Médio
Sharon pedirá a Bush que boicote Arafat
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da Folha Online
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse hoje que pedirá ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que boicote o líder palestino Iasser Arafat. A informação consta da entrevista de Sharon dada ao jornal israelense "Yediot Ahronot", publicada hoje.
Reuters - 1.nov.2001 |
Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel |
Em outra entrevista publicada hoje pelo jornal israelense "Maariv", Sharon diz que não pretende mais eliminar Arafat, contradizendo uma declaração sua divulgada ontem pelo mesmo jornal, na qual disse que lamentava não ter liquidado o presidente da Autoridade Palestina em 1982, durante a Guerra do Líbano. Sharon comandou a invasão de 1982 -quando quase 20 mil pessoas foram mortas-, com o intuito de expulsar palestinos do território libanês.
"Há muitos anos que estou convencido de que Arafat é um terrorista, e não mudei de opinião", disse Sharon, reiterando que o líder palestino permanecerá confinado em Ramallah (Cisjordânia) enquanto não ceder às exigências israelenses. Arafat está proibido de sair de Ramallah desde o dia 3 de dezembro. Apesar da pressão da comunidade internacional, e até do papa João Paulo 2º, Sharon não permitiu que Arafat deixasse Ramallah nem para participar da Missa do Galo em Belém, no dia 24 de dezembro.
Reuters - 2.ago.2001 |
Iasser Arafat, líder palestino |
Segurança
Paralelo às declarações confusas de Sharon, Israel mantém alertas de segurança em algumas regiões para tentar evitar ataques terroristas. O Exército de Israel está fechando o cerco para monitorar cada vez mais de perto as constantes ameaças de possíveis atentados na faixa de Gaza.
Um artefato explosivo foi encontrado hoje dentro de uma bolsa em um prédio em Tzur Hadassah, uma vila próxima à cidade de Belém. A polícia retirou todas as pessoas que estavam no prédio para poder desativar a bomba.
De acordo com a polícia de Israel, a bomba encontrada possuía características que demonstram que o explosivo foi deixado no local por um palestino.
Leia mais no especial Oriente Médio
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