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01/02/2002
-
16h17
da Deutsche Welle, em Berlim
O presidente da União Social Cristã (CSU) e governador da Baviera, Edmund Stoiber, candidato a chanceler pela coligação do seu partido com a União Democrata Cristã (CDU), lançou ontem em Frankfurt sua campanha eleitoral. No seu discurso de mais de uma hora de duração, Stoiber não poupou ataques à coalizão de social-democratas e verdes, responsabilizando-a pela lamentável situação da Alemanha no âmbito da União Européia.
A reforma fiscal implantada pelo governo Schröder, segundo Stoiber, trouxe resultados desastrosos, os custos do sistema de saúde explodiram, uma rígida e arcaica estrutura bloqueia o desenvolvimento do mercado de trabalho. O candidato da oposição aposta principalmente na insatisfação popular, tendo em vista a fraca conjuntura alemã e a incapacidade do governo de reverter a situação.
Sem apresentar propostas concretas e nem uma plataforma eleitoral, a campanha da oposição concentra-se sobretudo na personalidade combativa do governador da Baviera e no seu balanço positivo do ponto de vista econômico.
Desde o lançamento da candidatura de Stoiber, os partidos cristãos conseguiram aproximar-se do Partido Social Democrático (SPD) nas pesquisas de intenção de voto e até mesmo superá-lo.
Conservadores
A campanha eleitoral está centralizada nas questões econômicas. A política exterior e de segurança não tem praticamente nenhum peso na estratégia do governador da Baviera. A boa aceitação popular do chanceler Gerhard Schröder desde os atentados de 11 de setembro obrigou Stoiber, candidato das forças conservadoras, a privilegiar valores como patriotismo, casamento, família, disciplina e perseverança.
Diante do elevado índice de desemprego na Alemanha, Edmund Stoiber rejeitou a nova lei de imigração proposta pelo governo e apoiada por alas mais progressistas da CDU. Ele evitou, entretanto, fazer críticas a certas reformas sociais implantadas pelo governo, tais como o casamento de homossexuais e a lei que facilita a naturalização de estrangeiros.
Na verdade, Stoiber tenta evitar o estigma do reacionarismo que paira sobre a CSU e os políticos da Baviera. Este estereótipo constitui a arma virtual dos social-democratas, que chegaram ao poder em 1998 conquistando o eleitorado do centro.
O governador da Baviera está ciente de que só derrotará Schröder se conseguir desvencilhar-se desta imagem reacionária e consolidar-se como candidato de centro-direita.
Oposição alemã quer derrubar premiê conquistando o centro
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O presidente da União Social Cristã (CSU) e governador da Baviera, Edmund Stoiber, candidato a chanceler pela coligação do seu partido com a União Democrata Cristã (CDU), lançou ontem em Frankfurt sua campanha eleitoral. No seu discurso de mais de uma hora de duração, Stoiber não poupou ataques à coalizão de social-democratas e verdes, responsabilizando-a pela lamentável situação da Alemanha no âmbito da União Européia.
Reuters - 13.out.2001 |
Edmundo Stoiber, candidato da União Democrata Cristã (CDU) a premiê da Alemanha nas eleições de setembro |
Sem apresentar propostas concretas e nem uma plataforma eleitoral, a campanha da oposição concentra-se sobretudo na personalidade combativa do governador da Baviera e no seu balanço positivo do ponto de vista econômico.
Desde o lançamento da candidatura de Stoiber, os partidos cristãos conseguiram aproximar-se do Partido Social Democrático (SPD) nas pesquisas de intenção de voto e até mesmo superá-lo.
Conservadores
A campanha eleitoral está centralizada nas questões econômicas. A política exterior e de segurança não tem praticamente nenhum peso na estratégia do governador da Baviera. A boa aceitação popular do chanceler Gerhard Schröder desde os atentados de 11 de setembro obrigou Stoiber, candidato das forças conservadoras, a privilegiar valores como patriotismo, casamento, família, disciplina e perseverança.
Diante do elevado índice de desemprego na Alemanha, Edmund Stoiber rejeitou a nova lei de imigração proposta pelo governo e apoiada por alas mais progressistas da CDU. Ele evitou, entretanto, fazer críticas a certas reformas sociais implantadas pelo governo, tais como o casamento de homossexuais e a lei que facilita a naturalização de estrangeiros.
Na verdade, Stoiber tenta evitar o estigma do reacionarismo que paira sobre a CSU e os políticos da Baviera. Este estereótipo constitui a arma virtual dos social-democratas, que chegaram ao poder em 1998 conquistando o eleitorado do centro.
O governador da Baviera está ciente de que só derrotará Schröder se conseguir desvencilhar-se desta imagem reacionária e consolidar-se como candidato de centro-direita.
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