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06/02/2002
-
09h03
da Folha Online
O governo israelense aumentou a pressão sobre os Estados Unidos para substituir o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, como interlocutor em uma eventual negociação de paz no Oriente Médio.
As pressões foram feitas pelos ministros israelenses Benjamin Ben Eliezer (Defesa) e Uzi Landau (Segurança Pública) durante conversas com funcionários do governo norte-americano.
Landau identificou quatro líderes que poderiam substituir Arafat: Ahmed Qurea, presidente do Parlamento palestino; Mahmud Abas, vice de Arafat; Yibril Rayub, diretor da Segurança Preventiva na Cisjordânia; e Mohamad Dahlán, diretor da Segurança Preventiva em Gaza.
As conversas dos dois ministros israelenses adiantaram a viagem aos EUA do premiê de Israel, Ariel Sharon, que chega amanhã a Washington.
Tanto o governo dos EUA como o de Israel têm acusado Arafat de não tomar medidas suficientes para acabar com os ataques terroristas e afirmado que o líder palestino, portanto, não é um interlocutor válido para uma eventual negociação de paz no Oriente Médio.
Ben Eliezer afirmou ontem que os quatro funcionário palestinos citados poderiam substituir Arafat, depois que Landau disse que a Autoridade Palestina, presidida por Arafat, passou a fazer parte do "eixo do mal", integrado por países que promovem o terrorismo.
No dia 29 de janeiro, o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que Irã, Iraque e Coréia do Norte integram um "eixo do mal" que busca desestabilizar o mundo por meio do terrorismo.
"Temos um número de Estados renegados e um número de organizações terroristas. Me refiro à Autoridade Palestina, que é uma entidade que apóia o terrorismo e que definitivamente pertence também a este eixo do mal", disse Landau.
Ben Eliezer afirmou que "é necessário que os Estados Unidos continuem exercendo pressão sobre Arafat e que inaugure uma linha de negociações com outros líderes que se opõem a Arafat".
Por outro lado, a comunidade árabe pressiona para manter Arafat na presidência da Autoridade Palestina e afirma que a manutenção do líder palestino é um fator importante na futura negociação de paz.
"O papel dos Estados Unidos como gestor honesto do processo de paz é crucial e para isso é necessário que se respeite o papel de Arafat como dirigente dos palestinos", disse o presidente da Liga Árabe, Amro Musa.
Durante visita a Washington, o rei Abdullah, da Jordânia, agradeceu na semana passada o apoio dos norte-americanos e pediu que os EUA continuem participando dos esforços de paz no Oriente Médio, como intermediários entre palestinos e israelenses.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Oriente Médio
Israel aumenta pressão sobre os EUA para derrubar Arafat
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O governo israelense aumentou a pressão sobre os Estados Unidos para substituir o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, como interlocutor em uma eventual negociação de paz no Oriente Médio.
As pressões foram feitas pelos ministros israelenses Benjamin Ben Eliezer (Defesa) e Uzi Landau (Segurança Pública) durante conversas com funcionários do governo norte-americano.
Landau identificou quatro líderes que poderiam substituir Arafat: Ahmed Qurea, presidente do Parlamento palestino; Mahmud Abas, vice de Arafat; Yibril Rayub, diretor da Segurança Preventiva na Cisjordânia; e Mohamad Dahlán, diretor da Segurança Preventiva em Gaza.
As conversas dos dois ministros israelenses adiantaram a viagem aos EUA do premiê de Israel, Ariel Sharon, que chega amanhã a Washington.
Tanto o governo dos EUA como o de Israel têm acusado Arafat de não tomar medidas suficientes para acabar com os ataques terroristas e afirmado que o líder palestino, portanto, não é um interlocutor válido para uma eventual negociação de paz no Oriente Médio.
Ben Eliezer afirmou ontem que os quatro funcionário palestinos citados poderiam substituir Arafat, depois que Landau disse que a Autoridade Palestina, presidida por Arafat, passou a fazer parte do "eixo do mal", integrado por países que promovem o terrorismo.
No dia 29 de janeiro, o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que Irã, Iraque e Coréia do Norte integram um "eixo do mal" que busca desestabilizar o mundo por meio do terrorismo.
"Temos um número de Estados renegados e um número de organizações terroristas. Me refiro à Autoridade Palestina, que é uma entidade que apóia o terrorismo e que definitivamente pertence também a este eixo do mal", disse Landau.
Ben Eliezer afirmou que "é necessário que os Estados Unidos continuem exercendo pressão sobre Arafat e que inaugure uma linha de negociações com outros líderes que se opõem a Arafat".
Por outro lado, a comunidade árabe pressiona para manter Arafat na presidência da Autoridade Palestina e afirma que a manutenção do líder palestino é um fator importante na futura negociação de paz.
"O papel dos Estados Unidos como gestor honesto do processo de paz é crucial e para isso é necessário que se respeite o papel de Arafat como dirigente dos palestinos", disse o presidente da Liga Árabe, Amro Musa.
Durante visita a Washington, o rei Abdullah, da Jordânia, agradeceu na semana passada o apoio dos norte-americanos e pediu que os EUA continuem participando dos esforços de paz no Oriente Médio, como intermediários entre palestinos e israelenses.
Leia mais no especial Oriente Médio
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