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08/02/2002
-
11h53
da France Presse, Haia (Holanda)
O ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia por crimes de guerra e crimes contra a humanidade nos conflitos da Croácia (1991-1995), Bósnia (1992-1995) e Kosovo (1998-1999).
Na guerra da Bósnia, o ex-presidente também deverá responder à acusação de genocídio, a mais grave do TPI e também a mais difícil de provar.
Conheça as principais acusações contra Milosevic:
Kosovo
A partir de 1º de janeiro de 1999, Slobodan Milosevic foi acusado de participar, com quatro de seus aliados, na "expulsão de uma parte importante da população albanesa de Kosovo, com o objetivo de manter a Província sob controle sérvio".
Slobodan Milosevic é acusado de ser diretamente responsável pelo "deslocamento forçado de cerca de 800 mil civis albaneses de Kosovo" e da morte de pelo menos 900, entre eles mulheres e crianças.
O ex-presidente deverá responder por quatro processos de crimes contra a Humanidade e um crime de guerra "por perseguições, atos desumanos, assassinatos e expulsões" dos albaneses de Kosovo.
Croácia
Entre agosto de 1991 e junho de 1992 Slobodan Milosevic é acusado de atuar criminalmente de forma consciente "contra a população croata e o resto da população sérvia e obrigá-los a deixar um terço da República croata, que ia fazer parte de um novo Estado dominado pelos sérvios".
Por isso, contra ele pesam dez acusações de crimes contra a Humanidade e 22 de crimes de guerra por expulsão de "pelo menos 170 mil croatas e cidadãos não-sérvios", os "assassinatos de centenas de civis não-sérvios" e a detenção de milhares em "condições desumanas".
Bósnia
Neste conflito, o mais sangrento das guerra que castigaram os Bálcãs na última década do século 20, Slobodan Milosevic é acusado de genocídio, o processo mais severo do TPI.
De 1º de março a 31 de dezembro de 1995, o ex-presidente "planejou, incitou, ordenou, cometeu ou ajudou na destruição da totalidade ou boa parte dos grupos nacionais, étnicos, raciais e religiosos muçulmanos e croatas da Bósnia", segundo a ata da acusação.
Esta campanha de destruição causou a morte de pelo menos nove mil pessoas. Entre elas, figuram as vítimas dos massacres de Srebrenica e dos campos de detenção de Omarska e Keraterm. O documento também cita a expulsão de pelo menos 268.050 não-sérvios.
Neste caso, o ex-presidente deverá responder a dez acusações de crimes contra a Humanidade e 17 de crimes de guerra.
Em Kosovo, Slobodan Milosevic, na qualidade de presidente da República Federal Iugoslava (RFI), controlava oficialmente e na prática todas as forças iugoslavas envolvidas na ofensiva.
No entanto, nas guerras da Bósnia e da Croácia, sua responsabilidade direta será mais difícil de estabelecer, já que Milosevic era oficialmente o presidente da Sérvia.
Mas, segundo a promotora do caso, Carla del Ponte, o ex-presidente controlava de fato toda as forças militares que participaram de ambos conflitos e forneceu apoio logístico e financeiro aos dispositivos ofensivos sérvios da Bósnia.
Leia mais no especial Iugoslávia
Conheça os principais processos contra Slobodan Milosevic
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O ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia por crimes de guerra e crimes contra a humanidade nos conflitos da Croácia (1991-1995), Bósnia (1992-1995) e Kosovo (1998-1999).
Na guerra da Bósnia, o ex-presidente também deverá responder à acusação de genocídio, a mais grave do TPI e também a mais difícil de provar.
Conheça as principais acusações contra Milosevic:
Kosovo
A partir de 1º de janeiro de 1999, Slobodan Milosevic foi acusado de participar, com quatro de seus aliados, na "expulsão de uma parte importante da população albanesa de Kosovo, com o objetivo de manter a Província sob controle sérvio".
Reuters - 20.set.2000 |
Slobodan Milosevic, ex-presidente da Iugoslávia |
O ex-presidente deverá responder por quatro processos de crimes contra a Humanidade e um crime de guerra "por perseguições, atos desumanos, assassinatos e expulsões" dos albaneses de Kosovo.
Croácia
Entre agosto de 1991 e junho de 1992 Slobodan Milosevic é acusado de atuar criminalmente de forma consciente "contra a população croata e o resto da população sérvia e obrigá-los a deixar um terço da República croata, que ia fazer parte de um novo Estado dominado pelos sérvios".
Por isso, contra ele pesam dez acusações de crimes contra a Humanidade e 22 de crimes de guerra por expulsão de "pelo menos 170 mil croatas e cidadãos não-sérvios", os "assassinatos de centenas de civis não-sérvios" e a detenção de milhares em "condições desumanas".
Bósnia
Neste conflito, o mais sangrento das guerra que castigaram os Bálcãs na última década do século 20, Slobodan Milosevic é acusado de genocídio, o processo mais severo do TPI.
De 1º de março a 31 de dezembro de 1995, o ex-presidente "planejou, incitou, ordenou, cometeu ou ajudou na destruição da totalidade ou boa parte dos grupos nacionais, étnicos, raciais e religiosos muçulmanos e croatas da Bósnia", segundo a ata da acusação.
Esta campanha de destruição causou a morte de pelo menos nove mil pessoas. Entre elas, figuram as vítimas dos massacres de Srebrenica e dos campos de detenção de Omarska e Keraterm. O documento também cita a expulsão de pelo menos 268.050 não-sérvios.
Neste caso, o ex-presidente deverá responder a dez acusações de crimes contra a Humanidade e 17 de crimes de guerra.
Em Kosovo, Slobodan Milosevic, na qualidade de presidente da República Federal Iugoslava (RFI), controlava oficialmente e na prática todas as forças iugoslavas envolvidas na ofensiva.
No entanto, nas guerras da Bósnia e da Croácia, sua responsabilidade direta será mais difícil de estabelecer, já que Milosevic era oficialmente o presidente da Sérvia.
Mas, segundo a promotora do caso, Carla del Ponte, o ex-presidente controlava de fato toda as forças militares que participaram de ambos conflitos e forneceu apoio logístico e financeiro aos dispositivos ofensivos sérvios da Bósnia.
Leia mais no especial Iugoslávia
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