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13/02/2002 - 07h57

Milosevic assume a própria defesa no segundo dia de julgamento

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da France Presse, em Haia (Holanda)

O histórico julgamento contra o ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic foi reiniciado hoje, no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia, onde se espera que, uma vez terminada a introdução da promotoria, o acusado tome da palavra para defender a si mesmo.

Milosevic, acusado de crimes contra a humanidade e crimes de guerra nos conflitos da Croácia (1991-95), Bósnia (1992-95) e Kosovo (1998-99), além de genocídio na Bósnia, decidiu não recorrer à ajuda de advogados, já que afirma não reconhecer a legitimidade do tribunal.

Reuters - 30.out.2001
Slobodan Milosevic, ex-presidente da Iugoslávia
Segundo pessoas ligadas a Milosevic, o ex-líder de Belgrado não se dirigirá em sua defesa aos juízes do TPI, e sim "à opinião pública mundial".

Mantendo a mesma atitude de desprezo que assumiu nas audiências anteriores, o ex-presidente atacará os "crimes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)", que bombardeou a Sérvia durante 11 semanas na primavera de 1999, até conseguir que as tropas de Belgrado se retirassem de Kosovo.

No primeiro dia do processo, a promotora-geral do TPI, Carla del Ponte, acusou Milosevic de "selvageria medieval" pelos sofrimentos causados na ex-Iugoslávia.

Segundo a acusação, Milosevic cometeu os "piores crimes possíveis", movido por sua ânsia desmedida de poder nos 13 anos que governou a Iugoslávia (1987-2000).

Hoje a promotoria continuará com a exposição dos crimes atribuídos ao ex-presidente e se concentrará em Kosovo, onde "800 mil albaneses foram deslocados à força e 900 morreram, entre eles mulheres e crianças", segundo a ata de acusação.

Leia mais no especial sobre Slobodan Milosev
 

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