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13/02/2002 - 09h13

Índia nega acusações paquistanesas sobre teste nuclear

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da France Presse, em Nova Déli

A Índia negou hoje as acusações do presidente paquistanês Pervez Musharraf, segundo as quais Nova Déli estaria preparando um novo teste nuclear.

"Essas acusações carecem totalmente de fundamento", disse a porta-voz indiana das Relações Exteriores, Nirupama Rao, à cadeia de televisão Star.

Em Washington, o presidente paquistanês Pervez Musharraf afirmou ontem dispor de indicações segundo as quais a Índia se preparava para um novo teste nuclear.



"Não estou em condições de tirar uma conclusão definitiva, mas acho que, se é uma possibilidade, é preciso verificá-la", disse o chefe de Estado paquistanês, fazendo alusão aos testes com mísseis realizados pela Índia no mês passado.

Em 1998, a Índia causou comoção ao realizar uma série de testes nucleares e o Paquistão seguiu bem de perto seus passos, apesar das pressões internacionais. O resultado foi que na região agora existem todos os ingredientes para uma conflagração nuclear.

No entanto, a Índia declarou por própria iniciativa uma moratória sobre os testes nucleares, mas, ao mesmo tempo, negou-se a firmar um tratado de proibição das mesmas.

As capacidades nucleares dos dois países adversários criam uma importante ameaça para a região devido às tensões criadas pela questão da Caxemira, que já foi motivo de um conflito armado.

Para a Índia, Caxemira, de maioria muçulmana, é testemunho da identidade multiconfesional do país. Para o Paquistão, uma república islâmica, é inconcebível entregar Caxemira para a Índia, uma nação de maioria hindu.
Em Washington, onde Musharraf deve se reunir hoje com seu colega George W. Bush, vários especialistas estimam que os Estados Unidos deverão se envolver na disputa por Caxemira.

O secretário de Estado Colin Powell passou semanas tentando acalmar a tensão entre Islamabad e Nova Déli depois do atentado suicida contra o parlamento indiano em dezembro passado.

A última vez que os Estados Unidos tentaram intervir na Caxemira foi em 1963, quando o presidente era John F. Kennedy, situação que foi se degenerando até culminar em uma guerra real, em 1965.

Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
 

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