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13/02/2002 - 22h41

Fundamentalistas islâmicos arrependidos somem na Argélia

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da Agência Lusa, em Argel

Mais de cem fundamentalistas islâmicos que depuseram as armas e se beneficiaram da anistia prevista pela Lei da Concórdia Civil, desapareceram desde setembro de 2001 na Argélia, segundo divulgado hoje pelo jornal "El Youm" (O Dia), citando fontes policiais.

O jornal afirma que desde setembro, principalmente após os atentados nos Estados Unidos de 11 de setembro, mais de 100 fundamentalistas islâmicos arrependidos, que entregaram as armas, desapareceram nas cidades do centro da Argélia - Ain Defla, Medea, Blida, Boumerdes e Argel.

As fontes policiais, citadas pelo jornal, afirmam que atualmente estão sendo realizadas investigações sobre estes desaparecimentos junto às famílias, que garantem que estes 'fundamentalistas arrependidos' conseguiram sair ilegalmente da Argélia com destino à Líbia, Síria e outros países não especificados.

Os nomes dos desaparecidos não figuram nas listas dos viajantes registrados pela polícia de fronteiras, então teriam saído do território argelino com passaportes falsos.

Uma parte destes arrependidos desaparecidos poderão ter-se juntado a grupos armados agora em atividade, principalmente ao Grupo Salafista para a Predicação e Combate (GSPC), de Hassan Hattab, e aos restantes membros do Grupo Islâmico Armado (GIA), de Antar Zouabri, morto na sexta-feira (8) pelas forças de segurança argelinas.

O GSPC e o GIA figuram nas listas, estabelecidas pelas autoridades norte-americanas depois dos atentados de 11 de setembro, das organizações terroristas a serem combatidas.

Por outro lado, vinte terroristas arrependidos reuniram-se na semana passada em Constantina (a 450 km ao leste de Argel), depois da missa e enterro de um "arrependido" assassinado.

Um dos arrependidos declarou, sem revelar sua identidade ao jornal "Le Matin" de hoje, que esta reunião foi realizada pela "preocupação de uma reestruturação urgente" depois dos últimos acontecimentos, principalmente após os atentados nos EUA.

Acrescentou que "não se trata de servirem de moeda de troca e muito menos de serem excluídos do campo político", noticia o "Le Matin".

A mesma fonte, afirmou, por outro lado, que uma outra reunião juntará os representantes dos arrependidos de outras regiões do leste da Argélia, acrescentando que vão, principalmente, exigir a libertação de um deles detido pela polícia depois de ter sido reconhecido pela mãe de uma criança como sendo o assassino do filho.

Leia mais notícias da Agência Lusa
 

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