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Presidente da Venezuela tem acordo com as Farc, diz político
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da Efe, em Caracas
O dirigente da oposição venezuelana Manuel Rosales afirmou neste sábado que o presidente Hugo Chávez tem um pacto com a guerrilha colombiana e que "não é de graça" que ele busca soluções para os guerrilheiros a nível internacional e no próprio país.
As declarações de Rosales à imprensa foram feitas durante uma concentração de opositores em frente à sede da rede de televisão Globovisión, em Caracas, para apoiar sua linha editorial.
Rosales, que foi o principal candidato da oposição nas eleições presidenciais de dezembro de 2006, foi perguntado também sobre a próxima libertação unilateral de três reféns por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"Por trás disso há um show armado e uma negociação que Chávez fez com a guerrilha. O acordo tem a ver com o status que ele tenta dar à guerrilha colombiana pela Assembléia Nacional", disse Rosales, líder do partido opositor Um Novo Tempo (UNT).
"Chávez tem que garantir à guerrilha, entre outras coisas, que vai buscar alternativas a nível internacional e no próprio país", disse Rosales, que também é governador do Estado de Zulia, o mais populoso da Venezuela.
O representante informou que "tudo o que significa luta pelos direitos humanos que não seja politizada e para a condução política partidária tem que ser respaldada e apoiada".
Por outro lado, insistiu que Chávez "faz negociações e se entrega nos braços de movimentos guerrilheiros, de movimentos que estão a serviço do narcotráfico, do terrorismo, como as Farc da Colômbia e outros movimentos diferentes do que deve ser a civilidade e a democracia".
Rosales disse que mais grave que suas acusações é o fato de Chávez não se preocupar com as necessidades do povo venezuelano, nem combater as supostas atividades ilegais da guerrilha no território do país.
O dirigente de oposição disse que 80% dos venezuelanos não têm água potável e criticou Chávez por não negociar com a guerrilha "para que pare de seqüestrar, não continue comprando seqüestrados, não continuem cobrando vacina e respeitem nosso território".
"Mas ele não faz isso porque está em um mundo diferente do que significa a vivência do povo da Venezuela. Despreza o povo da Venezuela que o levou onde está, mas que do mesmo modo vai tirá-lo", disse o líder do UNT.
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