Publicidade
Publicidade
15/02/2002
-
09h38
da France Presse, em Haia (Holanda)
O ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic disse hoje que tem intenções de citar como testemunhas em seu julgamento no TPI (Tribunal Penal Internacional) de Haia o ex-presidente norte-americano Bill Clinton.
Milosevic citou ainda, entre outros políticos ocidentais, a ex-secretária de Estado norte-americano Madeleine Allbright, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl, o ex-ministro alemão das Relações Exteriores Klaus Kinkel, e o atual secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, além de toda a equipe norte-americana que assinou os acordos de Dayton (para a paz na Bósnia em 1995).
O ex-presidente iugoslavo afirmou que queria escutá-los declarar sobre os crimes cometidos na ex-Iugoslávia. "Já falei com eles, exceto com Gerard Schröder [premiê alemão] e Tony Blair [premiê britânico]", disse Milosevic.
De acordo com o regulamento do TPI, as duas partes podem convocar todas as testemunhas que considerarem necessárias. Se alguma delas se negar a comparecer, cabe aos juízes a decisão final sobre a necessidade de sua presença.
Desde ontem, Milosevic apresenta sua defesa essencialmente política baseada em ataques à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e aos Estados Unidos.
Milosevic, que defende a si mesmo por achar que o TPI não tem competência para julgá-lo, é acusado de crimes contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio.
Preso na penitenciária de Scheveningen de Haia desde 29 de junho 2001, é julgado por seu papel nas guerras da Croácia (1991-95), Bósnia (1992-95) e Kosovo (1999).
O julgamento, iniciado na terça-feira (12), é um marco na história do direito internacional: pela primeira vez um chefe de Estado é levado a uma corte internacional para responder como mandante de crimes de guerra. A promotora Carla del Ponte destacou em seu discurso de abertura que o processo mandará ao mundo a mensagem de que "ninguém está acima da lei".
A Promotoria promete trazer cerca de 300 testemunhas, em dois anos de julgamento, para provar que o ex-ditador planejou e executou um amplo projeto de "limpeza étnica" para estabelecer uma "Grande Sérvia" nos Bálcãs.
Se condenado, Milosevic será punido com prisão perpétua. Na primeira fase do processo, que deve começar na segunda (18) e se estender até junho ou julho, a acusação lidará exclusivamente com documentos e depoimentos relativos ao caso de Kosovo (Província que faz parte da República da Sérvia, na Iugoslávia) no qual o réu é acusado de ordenar a deportação de cerca de 800 mil cidadãos de etnia albanesa e a morte de milhares de pessoas.
Leia mais no especial sobre Slobodan Milosevic
Milosevic quer chamar Clinton para testemunhar em Haia
Publicidade
O ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic disse hoje que tem intenções de citar como testemunhas em seu julgamento no TPI (Tribunal Penal Internacional) de Haia o ex-presidente norte-americano Bill Clinton.
Milosevic citou ainda, entre outros políticos ocidentais, a ex-secretária de Estado norte-americano Madeleine Allbright, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl, o ex-ministro alemão das Relações Exteriores Klaus Kinkel, e o atual secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, além de toda a equipe norte-americana que assinou os acordos de Dayton (para a paz na Bósnia em 1995).
O ex-presidente iugoslavo afirmou que queria escutá-los declarar sobre os crimes cometidos na ex-Iugoslávia. "Já falei com eles, exceto com Gerard Schröder [premiê alemão] e Tony Blair [premiê britânico]", disse Milosevic.
De acordo com o regulamento do TPI, as duas partes podem convocar todas as testemunhas que considerarem necessárias. Se alguma delas se negar a comparecer, cabe aos juízes a decisão final sobre a necessidade de sua presença.
Desde ontem, Milosevic apresenta sua defesa essencialmente política baseada em ataques à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e aos Estados Unidos.
Milosevic, que defende a si mesmo por achar que o TPI não tem competência para julgá-lo, é acusado de crimes contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio.
Preso na penitenciária de Scheveningen de Haia desde 29 de junho 2001, é julgado por seu papel nas guerras da Croácia (1991-95), Bósnia (1992-95) e Kosovo (1999).
O julgamento, iniciado na terça-feira (12), é um marco na história do direito internacional: pela primeira vez um chefe de Estado é levado a uma corte internacional para responder como mandante de crimes de guerra. A promotora Carla del Ponte destacou em seu discurso de abertura que o processo mandará ao mundo a mensagem de que "ninguém está acima da lei".
A Promotoria promete trazer cerca de 300 testemunhas, em dois anos de julgamento, para provar que o ex-ditador planejou e executou um amplo projeto de "limpeza étnica" para estabelecer uma "Grande Sérvia" nos Bálcãs.
Se condenado, Milosevic será punido com prisão perpétua. Na primeira fase do processo, que deve começar na segunda (18) e se estender até junho ou julho, a acusação lidará exclusivamente com documentos e depoimentos relativos ao caso de Kosovo (Província que faz parte da República da Sérvia, na Iugoslávia) no qual o réu é acusado de ordenar a deportação de cerca de 800 mil cidadãos de etnia albanesa e a morte de milhares de pessoas.
Leia mais no especial sobre Slobodan Milosevic
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice