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18/02/2002
-
11h45
da France Presse, em Haia (Holanda)
O ex-presidente iugolavo Slobodan Milosevic, 60, encerrou hoje a apresentação de sua defesa no TPI (Tribunal Penal Internacional) de Haia, na Holanda, afirmando que se considerava "vencedor moral" do processo de julgamento.
"A verdade está do meu lado e por isso é que me sinto superior aqui, que me sinto vencedor moral" deste julgamento, declarou o ex-presidente iugoslavo ao juiz britânico Richard May.
Denunciando novamente o TPI, Milosevic alegrou-se por ter exposto seus argumentos a "um grande júri que é o conjunto da opnião pública".
Após a apresentação preliminar de Milosevic, a acusação enfocará a partir da tarde de hoje o grande tema de Kosovo, primeiro capítudo do julgamento, trazendo ao tribunal as primeiras testemunhas. O ex-presidente iugoslavo é acusado da expulsão de 800 mil albaneses e do homicídio de pelo menos 900 em Kosovo.
Milosevic comparece ao TPI por sua responsabildiade nos três maiores conflitos lançados pela ex-Iugoslávia nos anos 1990: Bósnia, Croácia e Kosovo. É acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
O ex-presidente afirmou hoje em Haia que Belgrado teve apenas um poder limitado sobre os sérvios da Bósnia, muito apegados à sua independência, e que jamais teve informações prévias sobre os masacres de Srebrenica.
Quanto aos masacres de Srebrenica, onde mais de 6.500 muçulmanos foram executados pelas forças servo-bósnias após a queda da cidade em julho de 1995, Milosevic disse ter tido notícia do acontecido, pela primeira vez, apenas pelo enviado da União Européia na Bósnia, Carl Bildt. E ainda, quando o soube, chamou imediatamente o chefe político bósnio Radovan Karadzic "que lhe jurou não saber nada" do assunto, disse Milosevic.
Sobre a Bósnia (1992-1995), a argumentação central de Milosevic é que Belgrado, longe de incentivar a guerra, trabalhou sem parar em favor da paz fazendo tudo o que pôde para controlar os sérvios da Bósnia e seus chefes político e militar, Radovan Karadzic e Ratko Mladic.
"Tínhamos péssimas relações com os sérvios da Bósnia, nós éramos de esquerda e eles de direita", disse Milosevic ao tribunal.
Quanto a origem da guerra na Croácia, a atribuiu a responsabilidade ao ex-presidente croata Franjo Tudjman, que queria expulsar os sérvios de Krajina (leste da Croácia), e ao reconhecimento prematuro da UE (União Européia) da independência croata, realizado em janeiro de 1992.
Milosevic voltou a insistir sobre a ilegalidade do TPI e denunciou os "golpes baixos" da acusação, as insinuações e os rumores.
Leia mais no especial sobre Slobodan Milosevic
Milosevic conclui defesa declarando-se "vencedor moral" do julgamento
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O ex-presidente iugolavo Slobodan Milosevic, 60, encerrou hoje a apresentação de sua defesa no TPI (Tribunal Penal Internacional) de Haia, na Holanda, afirmando que se considerava "vencedor moral" do processo de julgamento.
"A verdade está do meu lado e por isso é que me sinto superior aqui, que me sinto vencedor moral" deste julgamento, declarou o ex-presidente iugoslavo ao juiz britânico Richard May.
Denunciando novamente o TPI, Milosevic alegrou-se por ter exposto seus argumentos a "um grande júri que é o conjunto da opnião pública".
Após a apresentação preliminar de Milosevic, a acusação enfocará a partir da tarde de hoje o grande tema de Kosovo, primeiro capítudo do julgamento, trazendo ao tribunal as primeiras testemunhas. O ex-presidente iugoslavo é acusado da expulsão de 800 mil albaneses e do homicídio de pelo menos 900 em Kosovo.
Milosevic comparece ao TPI por sua responsabildiade nos três maiores conflitos lançados pela ex-Iugoslávia nos anos 1990: Bósnia, Croácia e Kosovo. É acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
O ex-presidente afirmou hoje em Haia que Belgrado teve apenas um poder limitado sobre os sérvios da Bósnia, muito apegados à sua independência, e que jamais teve informações prévias sobre os masacres de Srebrenica.
Quanto aos masacres de Srebrenica, onde mais de 6.500 muçulmanos foram executados pelas forças servo-bósnias após a queda da cidade em julho de 1995, Milosevic disse ter tido notícia do acontecido, pela primeira vez, apenas pelo enviado da União Européia na Bósnia, Carl Bildt. E ainda, quando o soube, chamou imediatamente o chefe político bósnio Radovan Karadzic "que lhe jurou não saber nada" do assunto, disse Milosevic.
Sobre a Bósnia (1992-1995), a argumentação central de Milosevic é que Belgrado, longe de incentivar a guerra, trabalhou sem parar em favor da paz fazendo tudo o que pôde para controlar os sérvios da Bósnia e seus chefes político e militar, Radovan Karadzic e Ratko Mladic.
"Tínhamos péssimas relações com os sérvios da Bósnia, nós éramos de esquerda e eles de direita", disse Milosevic ao tribunal.
Quanto a origem da guerra na Croácia, a atribuiu a responsabilidade ao ex-presidente croata Franjo Tudjman, que queria expulsar os sérvios de Krajina (leste da Croácia), e ao reconhecimento prematuro da UE (União Européia) da independência croata, realizado em janeiro de 1992.
Milosevic voltou a insistir sobre a ilegalidade do TPI e denunciou os "golpes baixos" da acusação, as insinuações e os rumores.
Leia mais no especial sobre Slobodan Milosevic
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